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Cunha é contra anulação de última rodada e absolve Chape por acidente

1 dez 2016 - 08h02
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O diretor executivo de Futebol do São Paulo, Marco Aurélio Cunha, entende que não há clima para a bola rolar na última rodada do Campeonato Brasileiro, adiada de 4 para 11 de dezembro em função do acidente aéreo que vitimou 19 jogadores da Chapecoense, na última terça-feira, na Colômbia.

Por outro lado, o dirigente se diz contra o término antecipado da competição ao ressaltar que os clubes ainda têm situações a serem definidas, que interferem diretamente em seus destinos.

"Clima não tem, mas é necessário cumprir o calendário porque a vida continua. O campeonato tem seus desígnios legais: rebaixamento, clubes que ascendem à Libertadores, legalmente é preciso cumprir o rito de terminar o campeonato. Lamentavelmente, mas a vida se impõe", explicou Cunha, parabenizando o Palmeiras pelo título conquistado no último domingo, com a vitória justamente sobre a equipe catarinense.

"Dolorosamente terminamos o campeonato. Fico feliz que o Palmeiras tenha conquistado o título antes disso. Não tirou o ânimo do torcedor palmeirense, e o cumprimento pelo campeonato", acrescentou.

Questionado se a decisão de a Chapecoense ter contratado um voo fretado pela companhia venezuelana Lamia era correta, Marco Aurélio explicou que o curto período de tempo que o clube teve para preparar a logística da viagem à Colômbia o obrigou a escolher a aeronave (Avro RJ85), que partiu de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia.

"Toda vez que há uma tragédia, vamos apurar as eventuais falhas do sistema. O mata-mata é empolgante, mas ele traz essas dificuldades de não saber exatamente quem vai enfrentar na próxima quarta-feira. Jogávamos uma Libertadores com um mexicano e um argentino envolvido. O mexicano venceu, tivemos que, no meio de uma semana santa, organizar viagem ao México", disse.

Na última quarta, a Chapecoense empatou sem gols com o argentino San Lorenzo, na Arena Condá, e classificou-se à final da Copa Sul-Americana para enfrentar o Atlético Nacional, da Colômbia, sendo que o jogo de ida da decisão aconteceria no dia 30 de novembro, em Medellín. O diretor citou um exemplo do São Paulo para justificar a opção da agremiação catarinense.

"Não pudemos bloquear assentos antecipadamente, tivemos que fretar voo por conta da carência de passagens aéreas, que é um problema também. As dificuldades econômicas dessas companhias, tudo isso é problema. O mata-mata cria incertezas de semana a semana, e abrem precedentes de ajustes nem sempre adequados para a logística das viagens", prosseguiu, isentando a Chapecoense de culpa pelo acidente.

"Entendemos que a solução dada pela Chapecoense foi boa, mas, pelas notícias, a solução dada pelo piloto não foi boa. A instituição tentou criar uma logística favorável para jogar em lugares que não são fáceis", concluiu.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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