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Goleiro cita ansiedade e "sombra" de Rogério Ceni antes de corrigir defeitos

29 set 2016 - 14h20
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Há quase dez meses como goleiro titular do São Paulo, Denis fez uma em avaliação de suas atuações no ano, em que iniciou com muitas falhas, principalmente, na saída do gol em jogadas de bola parada, ciente de que no decorrer da temporada corrigiu o defeito graças aos treinos e à ajuda psicológica. Durante entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira, o arqueiro tricolor atribuiu os problemas à ansiedade e à pressão por substituir o ídolo Rogério Ceni, aposentado desde o fim de 2015.

"Não acredito que foi má formação (de base). Comecei na base da Ponte Preta e fui muito bem auxiliado nessa parte na base. Acredito que o que me prejudicou no começo do ano foi a ansiedade de querer fazer tudo o que não fiz em todos os anos que eu não joguei. Eu acabava me atrapalhando e atrapalhando os zagueiros. Melhorei, porque a cada jogo em que poderia ter defendido uma bola, procurava rever as partidas inteiras depois", relatou o atleta, que defendeu profissionalmente o clube de Campinas de 2006 a 2009.

De acordo com Denis, a melhora no fundamento aconteceu graças à ajuda do preparador de goleiros do Tricolor, Carlos Gallo, convocado para defender a Seleção Brasileira nas Copas do Mundo de 1978, 1982 e 1986, sendo titular na última delas. Também contou que teve o suporte de um coaching profissional para aprimorar o aspecto psicológico.

"Prestei atenção no que poderia fazer para não sofrer os gols e pedi ajuda ao treinador de goleiros. Treinei cada dia mais e fui evoluindo jogo a jogo. Essa parte foi uma grande melhora. Também psicologicamente. Procurei um coaching profissional e converso com a psicóloga do clube (Anahy Couto). Era uma pressão grande substituir o maior ídolo do clube", explicou o goleiro de 29 anos.

Embora tenha melhorado, Denis está ciente de que o Tricolor tem dificuldade nas jogadas de bolas paradas defensivas. Os últimos seis gols sofridos pela equipe no Campeonato Brasileiro foram oriundos de escanteios, faltas e pênaltis. Em função disso, o técnico Ricardo Gomes trabalhou insistentemente esse tipo de lance nos treinos desta semana para corrigir as falhas antes do duelo contra o Flamengo, neste sábado, no Morumbi.

"A bola parada preocupa muito. Nos últimos jogos sofremos muitos gols assim, coisa que não vinha acontecendo. Por isso, ontem e hoje o Ricardo Gomes bateu muito nessa tecla, para diminuir nossos erros", esclareceu.

Denis ainda comentou a ineficiência do ataque do São Paulo, o segundo pior da Série A, com 27 gols, à frente somente do lanterna América-MG, que contabiliza 19 tentos. Mas segundo o arqueiro a culpa pela falta de gols não é exclusividade dos atacantes e solicita a ajuda dos atletas de todos os setores da equipe.

"Não posso pensar só no ataque. Foi o setor que mais foi mexido no ano. Os jogadores que saíram tinham muita qualidade. Os que chegaram também têm, mas é difícil entrosar. Não tem de colocar defesa ou ataque. O time inteiro está mal na tabela. Não temos de pensar só no ataque, é um time inteiro. Todos precisam se ajudar a fazer gols, como atacantes também ajudam na defesa. É uma equipe, um elenco", concluiu.

No 12º lugar do Brasileirão, com 34 pontos, apenas quatro acima da zona de rebaixamento, o Tricolor encerra sua preparação para o duelo contra o Flamengo na manhã desta sexta-feira, no Morumbi, palco da partida deste sábado, às 16 horas (de Brasília), pela 28ª rodada da competição. 

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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