PUBLICIDADE
Logo do São Paulo

São Paulo

Favoritar Time

São Paulo quer reforços de peso e Paulistão como teste para garotos

26 out 2016 - 07h03
Compartilhar
Exibir comentários

O São Paulo já tem bem claro qual rumo deve seguir a partir de agora para que o ano de 2017 seja bem diferente da atual temporada. Comandada pelo presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, mas liderada pelo executivo de futebol Marco Aurélio Cunha, a diretoria já trabalha no planejamento para o próximo ano, e algumas diretrizes já foram definidas. O torcedor são-paulino deve esperar uma política de investimentos reduzidos, mas com apostas valorosas, e de aproveitamento dos jogadores que estão subindo das categorias de base do próprio clube.

A ideia de Leco e Marco é contratar apenas reforços pontuais, porém, de peso. Sem dinheiro em caixa para montar um grande esquadrão ou ir ao mercado em busca de diversos nomes de destaque, o São Paulo está disposto a investir alto apenas em atletas que cheguem "para resolver o problema".

Nesse contexto, jogadores medianos, que têm dificuldade de se firmar como titulares e recebem salários altos (entende-se em torno de R$ 300 mil para mais), estão descartados. O caso de Wesley é um exemplo que a atual gerência do futebol não pretende seguir para 2017.

O investimento pesado será concentrado nas "estrelas" que possam colocar o Tricolor do Morumbi de volta no trilho das disputas de títulos. Já são quatro anos sem nenhuma taça. A última foi a Copa Sul-Americana de 2012. E nesse patamar está Nilmar, com quem o São Paulo já está conversando e disposto a entrar em acordo mesmo com uma pedida acima de seu teto salarial.

Como o clube dificilmente deve conseguir uma vaga para a próxima Libertadores da América por meio do Campeonato Brasileiro, o Tricolor entende como desnecessário e imprudente fazer grandes esforços na janela de transferência de início de ano. O plano é usar o Campeonato Paulista para testar o elenco, principalmente os jovens recém promovidos à equipe principal.

Promessas como David Neres, Pedro, Luiz Araújo, Bruno, Lyanco, Lucão e Lucas Fernandes devem ganhar mais espaço no time para provarem seu real valor e, a partir disso, o clube deve definir o que fazer com cada um e qual as verdadeiras fraquezas do elenco, que deverão ser supridas com a chegada de novos atletas.

Outra postura adotada desde já é não entrar em "leilão". O maior exemplo disso é o caso do atacante Keno, que se destacou no Santa Cruz e acabou acertando com o Palmeiras. Assim como no Santos, o jogador foi oferecido ao São Paulo, que se interessou e apresentou uma proposta oficial. Ao tomar ciência de que os números palmeirenses eram maiores, o São Paulo não mudou sua oferta e deixou o atleta livre para tomar outra escolha.

O gesto deve se repetir ainda esse ano, quando a diretoria sentar para negociar com Mena e Kelvin. O lateral pertence ao Cruzeiro e o atacante ao Porto. O São Paulo gostaria de ficar com ambos, que têm contratos de empréstimo apenas até dezembro deste ano. Mas, se tiver que colocar a mão no bolso para ressarcir os clubes com os quais os atletas têm contrato, a dupla deve ser dispensada prontamente.

Michel Bastos é outro que tem sua saída praticamente certa. Está cada vez mais claro para todas as partes envolvidas de que o camisa 7 não tem mais clima para continuar vestindo a camisa tricolor e respirar novos ares é o desejo do meia. Diante dessa situação, a diretoria são-paulina topa usar Michel Bastos como moeda e troca, e nesse caso a preferência é tratar com clubes que tenham atacantes que possam interessar ao São Paulo, ou realizar uma simples venda para arrecadar dinheiro.

Marco Aurélio Cunha, responsável por tocar todo esse planejamento, está licenciado até o fim do ano pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), mas todos no clube esperam contar com o dirigente em 2017. Por enquanto, Marco despista e diz que prefere aguardar o resultado da eleição presidencial, marcada para a abril e em que Leco é candidato.

Porém, como tem bom trânsito em todos os braços políticos do clube, seja entre situação ou oposição, dificilmente o candidato eleito se mostrará contrário a continuidade de Cunha, que também só pedirá para sair diante de uma total incompatibilidade com o o próximo presidente, o que também é muito difícil que aconteça.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
Compartilhar
Publicidade
Publicidade