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Tênis

Bellucci lembra pneu em Djokovic: "Preferia ter vencido por 7-6 e 7-6"

8 dez 2016 - 17h53
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Número 1 do Brasil e 61 do mundo ao final da temporada, o tenista Thomaz Bellucci fez nesta quinta-feira uma retrospectiva pessoal de 2016 e recordou dois momentos especiais, o "pneu" que aplicou no sérvio Novak Djokovic e a participação nos Jogos Olímpicos, em que foi às quartas de final.

No Masters 1000 de Roma, em maio, Bellucci eliminou os franceses Gael Monfils e Nicolas Mahut até encarar Djokovic nas oitavas de final. Diante de 'Nole', então número 1 do mundo, o paulista fez 6-0 no primeiro set, mas depois perdeu por 2 a 1 de virada.

"Ninguém esperava, nem eu esperava fazer 6-0 no Djokovic. Depois eu tive uma sequência de torneios não tão bons, mas acontece. A gente briga para se manter no topo, mas nem sempre é possível. O circuito é muito competitivo", disse Bellucci durante o evento de lançamento do Rio Open 2017, no Jockey Club, na zona sul do Rio de Janeiro.

"Ele deve ter ficado surpreso com o meu nível, eu joguei muito bem no começo, mas preferia ter ganhado por 7-6 e 7-6 que fazer 6-0 e depois perder, como acabou acontecendo. Mas houve outros momentos legais também, como os Jogos Olímpicos, em que cheguei às quartas de final", acrescentou.

Nos Jogos do Rio, em agosto, o brasileiro fez outra grande campanha, com direito a uma vitória sobre o belga David Goffin, então 13º colocado do ranking da ATP. Nas quartas, porém, perdeu para o espanhol Rafael Nadal, também de virada.

"Foi realmente o torneio mais especial que eu disputei na minha carreira, mas espero que não tenha sido o único. Espero ter mais semanas como aquela, quem sabe aqui no Rio Open, quem sabe eu possa chegar mais longe. Em Grand Slam também espero ir mais longe", projetou.

Perguntado se espera que 2017 seja o melhor ano da carreira, Bellucci reagiu com uma mistura de otimismo com cautela. Ele acredita que pode ter uma boa temporada, mas evitou colocar pressão sob si mesmo.

"Tomara que 2017 seja meu melhor ano. A gente sempre entra com uma motivação muito grande nos primeiros torneios do ano, mas acredito que nunca pode ser gerada uma expectativa tão grande. O tênis tem altos e baixos, e às vezes uma expectativa muito grande no começo pode levar a um desânimo muito grande. O importante é estar concentrado no dia a ida e dar o nosso melhor a cada dia", destacou.

No âmbito pessoal, 2016 foi especial para o tenista, que ficou noivo no começo do ano e se casou no mês passado com a jornalista Gaby Cabrini, filha do também jornalista e apresentador Roberto Cabrini. Na visão do paulista, a união trouxe benefícios dentro de quadra porque o dá mais tranquilidade.

"É uma conquista pessoal minha ter alguém com quem ficar a vida inteira. A Gaby é uma mulher muito legal, ela me apoia em tudo que eu faço. Quando viajo, ela cuida de todos os problemas da casa, e com isso posso viajar mais tranquilo, sabendo que quando voltar vou ter alguém para ficar comigo nas vitórias e nas derrotas", afirmou.

O segundo melhor tenista do país na atualidade, Thiago Monteiro, também esteve presente no evento e recordou com carinho a vitória sobre o francês Jo-Wilfried Tsonga, então número 8 do mundo, na estreia no Rio Open deste ano.

"Foi uma sensação fantástica jogar o primeiro ATP da minha carreira em casa. Foi muito bom, a partida foi muito dura, muito longa, e o apoio de toda a torcida foi fundamental, principalmente porque o adversário era o Tsonga, um top-10, e acabou servindo para me alavancar no restante do ano", lembrou Monteiro, 82º colocado do ranking.

EFE   
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