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Serena desabafa sobre tensão racial nos EUA: "Não ficarei calada"

27 set 2016 - 20h47
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Conhecida por se pronunciar sobre assuntos polêmicos, a ex-número 1 do mundo Serena Williams decidiu postar um desabafo em sua página no Facebook a respeito da tensão racial que vem tomando os noticiários dos Estados Unidos e se intensificou após a morte de um homem negro pela polícia da Carolina do Norte no último dia 16.

A tenista fez um paralelo à situação do rapaz morto, Keith Lamont Scott, de 43 anos, que dirigia em uma rodovia da cidade de Charlotte quando foi parado por policiais e baleado, segundo os agentes, por portar uma arma de fogo. Um vídeo gravado no momento do acontecimento mostra que Keith segurava um livro, e não um revólver, o que culminou em diversos protestos pelo país.

"Hoje pedi ao meu sobrinho de 18 anos para me levar às minhas reuniões para que eu pudesse trabalhar em meu celular. À distância, vi um policial ao lado da estrada. Rapidamente chequei se ele estava forçando uma parada pelo limite de velocidade. Então me lembrei daquele vídeo horrível da mulher dentro do carro quando um policial atira em seu namorado", disse.

Serena relatou ter chegado a "se arrepender" de não ter dirigido. "Nunca me perdoaria se algo acontecesse ao meu sobrinho. Ele é muito inocente. Assim como eram todos os outros (negros mortos pela polícia)", continuou.

A número 2 do mundo continuou seu desabafo lembrando que, em pleno ano de 2016, fatos como esse ainda são passíveis de ocorrer: "Porque temos que pensar sobre isso em 2016? Já não causamos o suficiente, abrimos tantas portas, impactamos bilhões de vidas?".

Serena finalizou citando Martin Luther King, ícone da luta contra a segregação racial nos EUA nos anos 1960. "Existe uma hora que o silêncio se torna traição", disse o ativista em uma de suas frases célebres. A tenista concorda e promete: "Não ficarei calada".

Além de Serena, diversos outros personagens do esporte norte-americano se pronunciaram sobre a polêmica envolvendo policiais brancos e cidadãos negros nos EUA. O astro da NBA Stephen Curry, que é natural de Charlotte, lamentou os acontecimentos em sua cidade. No entanto, nem o armador do Golden State Warriors nem outro astro da NBA deve seguir o protesto idealizado pelo jogador de futebol americano Colin Kapernick, do San Francisco 49ers, de ajoelhar-se e não cantar o hino dos Estados Unidos antes das partidas.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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