PUBLICIDADE
Logo do Botafogo

Botafogo

Favoritar Time

Odebrecht quer R$ 60 milhões por sua parte do Maracanã

13 jan 2017 - 12h03
(atualizado às 12h09)
Compartilhar
Exibir comentários

A empreiteira Odebrecht está pedindo R$ 60 milhões para repassar os 95% de sua parte no consórcio que gerencia o estádio, segundo o jornal Folha de S.Paulo. O restante - 5% - pertence à AEG, especializada em gerir arenas esportivas.

Foto: José Lucena/FuturaPress

A construtora é dona da empresa Maracanã S.A., responsável pela administração do estádio, que foi remodelado para a Copa do Mundo de 2014 e para os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Alegando um prejuízo de R$ 173 milhões, a Odebrecht não quer seguir na gestão da arena. A empreiteira argumenta que o Comitê Rio 2016 entregou o Maracanã com vários reparos a fazer e que não arcará com esses custos.

O comitê, por sua vez, acumula dívidas milionárias por conta dos Jogos e admite não ter dinheiro neste momento para fazer as reformas necessárias - a estrutura da cobertura do estádio, por exemplo, estaria prejudicada. Já o Governo do Estado do Rio de Janeiro, em grave crise financeira, se recusa a gerir a arena.

Isto posto, duas empresas fizeram propostas para comprar a participação da Odebrecht no negócio, ainda de acordo com a Folha de S.Paulo: as francesas Lagardère e a GL Events. A primeira já gerencia dois estádios no Brasil (o Independência, em Belo Horizonte, e o Castelão, em Fortaleza), além de operar em 50 arenas ao redor do mundo. Já a segunda controla o Riocentro, a Rio Arena, e o Anhembi, em São Paulo. Também fechou um negócio com o Flamengo para que o clube possa mandar seus jogos no Maracanã.

Ambas as ofertas estão sendo analisadas pela Secretaria do Estado do Rio de Janeiro. Uma resposta deve ser dada até o final de janeiro, conforme informação da Folha de S.Paulo. A empresa que vencer a licitação terá que destinar R$ 5,5 milhões ao governo estadual pelos 30 anos de concessão.

Enquanto o impasse não é resolvido, o Maracanã se encontra em estado de abandono. O gramado apresenta falhas e várias tonalidades de cor. Nesta semana, foram roubados bustos - inclusive o do jornalista Mário Filho, que dá nome ao estádio -, extintores, mangueiras e fiação, escancarando a falta de segurança no local.

As autoridades têm até o dia 25 de janeiro para colocar o estádio em condições mínimas para jogos, já que o Campeonato Carioca começará para os clubes grandes nessa data.

Na última quinta-feira, o governador Luiz Fernando Pezão e o presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, Rubens Lopes, se reuniram por 45 minutos no Palácio Guanabara, onde discutiram soluções para os problemas do estádio.

"Levamos a nossa preocupação em relação ao Maracanã e o anseio de utilizá-lo pontualmente. O Governador foi extremamente sensível e receptível à ideia", afirmou Rubens Lopes.

Uma nova reunião com o mandatário da Ferj foi marcada por Pezão para a próxima segunda-feira. "Vamos prosseguir no assunto que ele, assim como nós, entende ser delicado e importante. A nossa proposta interrompe as dificuldades que o Maracanã atravessa", acrescentou Lopes.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
Compartilhar
Publicidade
Publicidade