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Vôlei

Bernardinho compara ouros de 2004 e 2016: "desafios diferentes"

21 ago 2016 - 19h03
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O técnico Bernardinho comparou neste domingo as conquistas olímpicas de Atenas 2004 e Rio 2016 no comando da seleção brasileira masculina e vôlei, as quais considerou "desafios diferentes" devido ao momento em que as equipes se encontravam até subirem ao degrau mais alto do pódio.

Na opinião do treinador, a geração que contava com Giba, Nalbert, Dante e outros ícones chegou aos Jogos como favorita ao ouro, após conquistas importantes como a Copa do Mundo (2003), a Liga Mundial (2001 e 2003) e o Campeonato Mundial (2002).

"Foram tipos de desafio diferentes. Em 2004, a nossa luta era para a conclusão de um ciclo vitorioso, após um tropeço no Pan-Americano (bronze em 2013). A pressão visava confirmar a condição de favoritos pelo talento e pelo trabalho. Em 2016, a pressão era para se provar", analisou.

A geração que chegou ao ouro neste domingo, ao vencer a Itália por 3 sets a 0 no Maracanãzinho, vinha de uma sequência de "quase" títulos, como o vice-campeonato da Liga Mundial em 2013, 2014 e 2016. O Brasil inclusive sediou a competição em 2015, mas não ficou entre os quatro primeiros colocados.

"Batia na trave, mas eles acreditavam. Eles não vão se esquecer das lições que os endureceram, foi um ciclo difícil. A derrota em 2012 foi dura. Nós perdemos o ouro, não ganhamos a prata, mas é do esporte. Foi uma geração que substituiu grandes jogadores e se viu no papel de lidar com a derrota", disse o técnico.

O último ciclo olímpico foi duro para Bernardinho, que se incomodou com denúncias de corrupção envolvendo a Confederação Brasileira de Vôlei e teve problemas de saúde, ao retirar um tumor do rim.

Segundo o treinador, o período conturbado o fez repensar sobre seu comportamento, inclusive com os jogadores, o que considera ter contribuído para a conquista no Rio de Janeiro.

"Mudei um pouco, principalmente na relação com os jogadores. Essa é uma geração que não deveria sofrer mais pressão do que já sofria. Eu queria ser um Bernardo diferente à beira da quadra. Tive conversas individuais com os jogadores antes das partidas, para também saber o que esperavam de mim", revelou.

EFE   
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