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Vôlei

Bernardinho revela "monólogo" na Vila dos Atletas para jogadores da seleção

16 ago 2016 - 01h38
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Bernardinho admitiu na madrugada desta terça-feira, logo após a vitória sobre a França que classificou o Brasil para as quartas de final do torneio masculino de vôlei dos Jogos Olímpicos, que se sente aliviado e que cobrou que os jogadores se preocupassem menos com a pressão pelo ouro.

"Chegamos à Vila e fomos conversar. Reunimos todo mundo, mas nem foi conversa, foi um monólogo. Eles não queriam falar, mas ouviram. Ouviram muita coisa. Acho que isso mexeu um pouco com os caras. Eu falei que tem ligar um pouco o dane-se, se não ligar um pouco isso, com responsabilidade, vocês entendem o que significa, né?", afirmou o treinador.

Para o comandante da seleção, a situação delicada em que o Brasil ficou, a uma derrota da eliminação precoce e de repetir o pior desempenho da história em Jogos Olímpicos, o nono lugar de 1968, na Cidade do México, pode ser positivo no decorrer da competição.

"O mais importante foi o time ter sobrevivido sobre pressão. É uma experiência que fortalece a equipe. Estou aliviado por termos passado por isso, mas agora é preparar para o próximo jogo", avaliou Bernardinho.

O técnico, que evitou falar especificamente da Argentina, rival nas quartas de final, garantiu que a primeira fase ficou para trás, e que a seleção brasileira ainda pode mostrar muito mais, repetindo o desempenho recente que mostrou em competições internacionais.

"É mais uma decisão. Nós não queremos parar aqui, a gente quer seguir. Demonstramos que não queremos sair hoje e não queremos sair depois de amanhã. Ninguém é merecedor porque papai do céu olhou para a gente. A gente trabalhou muito, a gente lutou muito. Jogamos um grande voleibol em um ano como um todo e hoje resgatamos um pouco isso", garantiu.

Sobre a vitória sobre os franceses, que estão eliminados, por 3 sets a 1 (25-22, 22-25, 25-20 e 25-23), Bernardinho destacou a força no serviço da seleção, que foi uma das mudanças técnicas apresentadas para o duelo da última rodada do grupo B.

"O time teve uma atitude diferente, permanentemente correndo riscos, porque precisavam correr. Todo mundo estava agressivo no saque hoje. É um voleibol de vigor. A mudança de colocar o Lipe desde o início é porque é um jogador de torcida, e essa consistência no saque dele era importante para nós. O Lucarelli, também, voltou a sacar muito bem. Nós precisamos disso", afirmou.

O próximo adversário dos comandados de Bernardinho será a Argentina, que surpreendeu seleções do calibre de Rússia e Polônia e ficou em primeiro no grupo B.

A partida será realizada na quarta-feira, às 22h15 (de Brasília), no Maracanãzinho.

EFE   
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