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Vôlei

Lucarelli admite que sentiu coxa no 3º set e elogia "fenômeno" Serginho

21 ago 2016 - 18h41
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Após conquistar o ouro nos Jogos Olímpicos com a seleção brasileira masculina de vôlei, o ponta Ricardo Lucarelli admitiu que sentiu a coxa no terceiro set, um problema que o incomodou durante praticamente todo o torneio, e elogiou o líbero Serginho, que anunciou sua aposentadoria após ganhar a quarta medalha da carreira.

"A coxa realmente estava incomodando bastante, me atrapalhando para abaixar, sacar, atacar. Mas a gente tratou bastante para tentar diminuir (o inchaço) ao mínimo possível. Eu comecei a compensar demais, a sentir um pouco as costas. Hoje, no terceiro set, eu não estava conseguindo fazer muito as coisas, tive que sair, mas acho que o esforço é sempre válido para ajudar", disse o jogador depois da vitória sobre a Itália, por 3 sets a 0.

Lucarelli era um dos remanescentes da derrota na decisão de Londres 2012, ao lado de Serginho, Lucão, Wallace e Bruninho. Há quatro anos, o Brasil saiu vencendo por 2 a 0, mas levou a virada, algo que nunca tinha ocorrido na história de uma final olímpica.

Os traumas da capital britânica voltaram na memória do ponta no terceiro set do jogo de hoje. Já no banco de reservas por causa da lesão, Lucarelli viu os italianos encostarem no placar e quase vencerem o set. Mas, desta vez, o Brasil confirmou a vitória e voltou a subir ao topo do pódio olímpico após 12 anos.

"Quando a gente fez 2 a 0 e estava no finalzinho (do terceiro set), eu comecei a pensar um pouco em Londres. E pedir para que aquilo não acontecesse de novo. Acho que o povo brasileiro não merecia sofrer isso outra vez", disse Lucarelli.

Depois da cerimônia de premiação, Serginho anunciou a aposentadoria da seleção brasileira. O líbero é o maior medalhista olímpico do país em esportes coletivos e deixa as quadras com dois ouros - Atenas 2004 e Rio 2016 - e duas pratas - Pequim 2008 e Londres 2012. A trajetória foi exaltada pelo agora ex-companheiro.

"Não tenho um adjetivo para ele. Fantástico. É tanta medalha que eu já até perdi as contas. Um cara que joga tanto como ele e que tem a simplicidade dele, o mais importante, fazem com que eu o admire bastante. Ele sabe que ele é um fenômeno e a simplicidade dele cativa todo mundo. Acho que isso que ele deixa, essa simplicidade. A qualidade a gente nem descrever", afirmou Lucarelli.

EFE   
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