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Fórmula Indy

Teste de Senna na Fórmula Indy completa 20 anos; relembre

20 dez 2012 - 15h21
(atualizado às 17h37)
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Há exatos 20 anos, no dia 20 de dezembro de 1992, o automobilismo mundial viveu um momento que poderia ter mudado sua história. Era uma época dourada para a Fórmula Indy, que crescia em popularidade e incomodava a Fórmula 1, graças a nomes como Al Unser Jr., Emerson Fittipaldi, Bobby Rahal e Michael Andretti. E, naquele dia específico, Ayrton Senna esteve próximo de se juntar à categoria americana.

Insatisfeito na F1 com a McLaren, tricampeão pilotou carro da Penske nos EUA em 20 de dezembro de 1992
Insatisfeito na F1 com a McLaren, tricampeão pilotou carro da Penske nos EUA em 20 de dezembro de 1992
Foto: Getty Images

Fittipaldi lembra teste de Senna na Indy: meu sonho era correr com ele

Mecânico da Penske diz que Senna "impressionou" em teste de 1992 

A data ficou marcada pelo teste de Ayrton Senna pela Penske no Firebird International Raceway, circuito misto na cidade de Chandler (Arizona) frequentemente usado pela Indy em testes de pré-temporada. Senna foi bem, impressionou. Poderia até ter acertado com a equipe de Roger Penske, já que seu contrato com a McLaren na Fórmula 1 havia se encerrado e estava em negociação. No entanto, a partir daí, tudo que se registra sobre o teste tem ares de lenda.

O que se conta: Ayrton Senna esteve insatisfeito na McLaren ao longo de toda a temporada de 1992, diante das sucessivas surras que a equipe tomava nas pistas da Williams – com a suspensão ativa do modelo FW14B, Nigel Mansell foi campeão na F1, deixando Senna apenas na quarta posição. Para piorar, a Honda estava deixando a categoria, dando lugar para os motores Ford na McLaren em 1993.

Diante deste cenário, Senna buscou uma vaga na Williams, que não veio. O convite para a Indy partiu de Emerson Fittipaldi, que chamou o tricampeão para jantar em um sofisticado restaurante de São Paulo. Ali, os dois conversaram sobre a Fórmula Indy e deixaram acertado: Senna faria um teste pela equipe Penske, a mesma pela qual o próprio Emerson corria. O fato de ambos contarem com o mesmo patrocínio nos carros certamente facilitou a empreitada.

Fato é que Senna testou pela Fórmula Indy. Deixou uma boa impressão, mas não assinou contrato. Pelo contrário: com novos motores, a McLaren cedeu e aceitou as exigências de Ayrton Senna, que correu a temporada de 1993 assinando contratos a cada corrida. A mudança para a equipe Penske não aconteceu, e a troca para a Williams só aconteceria no fim daquele ano, quando esteve cotado para correr as 500 Milhas de Indianápolis.

Nunca ficou claro se o teste de Ayrton Senna pela Penske foi um flerte real com a categoria americana ou um blefe para pressionar a McLaren. Ao mesmo tempo, a ameaça forçaria a FIA a rever as ajudas eletrônicas na Fórmula 1. Elas não existiam na Indy, e de fato foram revistas na F1 antes da temporada de 1994. Interesse ou forma de pressão, o teste de Ayrton Senna na Fórmula Indy completa 20 anos nesta quinta-feira.

Fonte: Terra
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