PUBLICIDADE

Em "terceira chance", Haas chega à F1; conheça a nova equipe

Compra da Lotus, motores Ferrari, YouTube e Danica Patrick: conheça as informações que cercam a equipe americana que estreará na F1 em 2016

12 ago 2014 - 11h16
Compartilhar
Exibir comentários
<p>Depois de duas possibilidades, Gene Haas deve ter sua equipe na F1 em 2016</p>
Depois de duas possibilidades, Gene Haas deve ter sua equipe na F1 em 2016
Foto: Jared C. Tilton / Getty Images

Não se sabe o que esperar das próximas duas equipes que estrearão na Fórmula 1. Os romenos da Forza Rossa querem estar na pista em 2015, embora haja pouca movimentação por parte do time até agora. No ano seguinte, é a vez dos americanos da Haas, que têm gerado expectativa por parte dos fãs da F1. Afinal, o que a escuderia americana trará à categoria em 2016?

Nos últimos meses, você tem visto uma série de informações a respeito da equipe de Gene Haas – que não tem qualquer parentesco com Carl Haas, chefe de equipe da Lola Haas na F1 na década de 80 e da Newman-Haas na Fórmula Indy. Mas o que haverá de concreto na equipe da Carolina do Norte e março de 2016? O que há de definido até aqui? Há pilotos? Motores? Patrocinadores?

Entre tantas notícias que pipocam a respeito do time, o Terra reuniu informações para você conhecer a Haas Formula. Você sabia que o time poderia ter entrado na F1 em 2010? Que tentou de novo em 2013? Que Danica Patrick é cotada para correr (mas dificilmente irá)? Conheça estas e outras histórias a seguir:

1. Chassi Dallara, com motores Ferrari (ou Mercedes)

Gene Haas está levantando uma respeitável estrutura na Carolina do Norte, ao lado da estrutura de sua equipe de Nascar, para montar sua escuderia de Fórmula 1. Enquanto o time não sai do papel, o dirigente vai costurando seus acordos. O primeiro deles deve ser com a Dallara, que fabricaria os chassis para os carros.

“Estamos em conversas preliminares com a Dallara, e eles estão prontos. Eles têm instalações completas, experiência e estão envolvidos com corridas desde sempre”, disse Gene Haas ao site da revista Autosport em abril. “Teremos um compromisso com a construção do carro, e iremos adquirir o que pudermos”, completou.

O futuro motor da equipe deverá ser Ferrari ou Mercedes. A informação foi divulgada pelo chefe de equipe da Haas, Gunther Steiner, que pretendia anunciar o acordo até junho. “Queremos tomar a decisão correta”, disse. Os motores italianos estão mais próximos.

2. A Haas poderia ter sido sócio do YouTube em uma equipe

Quando a Fórmula 1 abriu uma “licitação” para equipes interessadas a entrar na F1 em 2010, quatro equipes conseguiram passar pelo processo: Campos-Meta (posteriormente Hispania), Lotus (atual Caterham), Manor (depois Virgin, atual Marussia) e USF1. De todas elas, apenas a última teve que desistir em cima da hora, alegando falta de fundos.

No entanto, a história da equipe americana poderia ter sido bem diferente caso tivesse se acertado com a equipe da Nascar encabeçada por Gene Haas. A USF1 já tinha um acordo financeiro com Chad Hurley, um dos responsáveis pelo site YouTube, mas a conversa com a Haas não avançou de forma semelhante em quesitos técnicos.

“Conhecia Ken Anderson (da USF1) há pouco tempo e ele me apresentou ao seu projeto”, disse Gene Haas à revista Forbes. “Eu vi um pouco do que havia deixado Chad Huerley, o cara do YouTube, muito entusiasmado. Ele estava muito envolvido, mas eu dizia que aquilo não era algo no qual eu estava interessado, na verdade”, completou.

<p>Em 2013, Haas esteve vinculado a possível compra de uma equipe; Lotus e Caterham foram cotadas</p>
Em 2013, Haas esteve vinculado a possível compra de uma equipe; Lotus e Caterham foram cotadas
Foto: Mark Thompson / Getty Images
3. A Haas poderia ter comprado uma equipe na F1 em 2014

O time americano estreará na F1 apenas em 2016, mas poderia fazê-lo bem antes. Em 2013, Gene Haas estudou a possibilidade de comprar uma equipe do grid – em sabidas dificuldades financeiras, a Lotus e a Caterham surgiram como nomes em potencial. Na ocasião, um porta-voz do empresário disse que “Gene permanece comprometido a construir uma equipe americana de Fórmula 1, e seus planos não mudaram”, despistando os rumores.

Mas a história não foi bem assim. “Nós procuramos mesmo um pouco por uma equipe para comprar, eu diria um ano atrás, mas tivemos muitas questões complexas para resolver. Geralmente, você acaba gastando mais dinheiro do que começando do zero, então achamos melhor fazer isso”, explicou Gene Haas, em declarações à revista Autoweek.

Gene Haas já admitiu interesse em levar Danica Patrick da Nascar para a F1; americana, no entanto, estará prestes a completar 36 anos em 2016
Gene Haas já admitiu interesse em levar Danica Patrick da Nascar para a F1; americana, no entanto, estará prestes a completar 36 anos em 2016
Foto: Patrick Smith / Getty Images
4. Pode ser a última porta de entrada para Danica Patrick na F1

A presença da americana na F1 é um sonho antigo de Bernie Ecclestone. A Haas já admitiu que Danica seria um nome “dos sonhos” para 2016. O problema nesta conta: Danica - que já pilota para Gene Haas na Nascar - estará prestes a completar 36 anos quando começar a temporada, tornando-a uma das mais velhas estreantes da categoria nas últimas décadas. Para efeito de comparação, Allan McNish estreou com 32 em 2002, enquanto Yudi Ide tinha 31 em 2006.

Gene Haas já foi questionado sobre, e despistou. Para ele, Danica seria ideal, já que, além de atrair atenção, é leve. “A pergunta era sobre um potencial piloto de nossos sonhos. Mas ela certamente se enquadra. Ela é uma mulher em um esporte de homem - e isso atrairia muita atenção. Ela pesa 50 kg, o que hoje em dia soa fantástico. De fato, ela tem muitos atributos que seriam bons”, disse.

Na busca por pilotos americanos para a F1, dois nomes são cotados para a Haas: Conor Daly e Alexander Rossi, que terão 24 anos cada no início de 2016. O outro piloto do time deve ser um nome mais experiente, provavelmente um dos atuais titulares em outras equipes na F1.

5. A equipe quer divulgar máquinas industriais

“Não existe almoço grátis.” A frase, popularizada pelo economista americano Milton Friedman na década de 70, se enquadra bem na situação da equipe. Afinal, Gene Haas já deixou claro que pretende ter sucesso na Fórmula 1 para, entre outros motivos, para aumentar a visibilidade de sua empresa de máquinas de automação.

“Vi uma relação entre corrida e maquinário industrial que eu queria perseguir na Europa”, disse Haas. “Meu objetivo é transformar a Haas Automation, de uma indústria de máquinas industriais em uma marca premium. Acho que a Fórmula 1 irá garantir isto, principalmente nos mercados internacionais”, completou. Por enquanto, o único acordo neste sentido é da Haas com a Ferrari, ainda como patrocinadora.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade