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Treinadores "tampões", interinos se destacam em 2009

16 mai 2009 - 11h02
(atualizado às 12h37)
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Para alguns profissionais do futebol, ser interino é a chance de iniciar uma carreira efetiva de treinador. Osvaldo de Oliveira, por exemplo, surgiu suprindo o espaço de Vanderlei Luxemburgo e foi campeão brasileiro em 1999. Outros, como Andrade e Alcir Portela, se firmaram apenas como bombeiros em meio ao caos. Esse cenário, porém, não acontece no futebol brasileiro em 2009, em que três nomes conseguiram sucesso a partir dessa oportunidade.

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Marcelo Rospide, que assumiu o Grêmio com a saída de Celso Roth e já comandou a equipe em seis jogos, sendo cinco pela Copa Libertadores, puxa o barco em que vêm, também, Sérgio China, do Náutico, e Ricardo Silva, do Vitória. Indicados em momentos difíceis, os três tiveram números praticamente perfeitos.

Rospide: incêndio apagado no Olímpico

Perder um Gre-Nal causa um terremoto para qualquer dos dois clubes. Imagine, então, perder três em quatro meses. Foi justamente por isso que Celso Roth, que tinha problemas de relacionamento com a torcida e a direção do Grêmio, perdeu o cargo, apesar da invencibilidade na Libertadores e o vice-campeonato brasileiro em 2008. Marcelo Rospide, seu auxiliar, recebeu a missão de esquentar o banco até a chegada de um nome mais renomado.

Com 39 anos e nenhuma experiência como treinador profissional, Rospide comprovou suas qualidades, conquistou a confiança do elenco e não perdeu. Foram seis partidas, com cinco vitórias e um empate. Quando assumir o cargo na segunda-feira, Autuori encontrará o Grêmio entre os oito melhores da Libertadores.

Ricardo Silva: campeão baiano com o Vitória

Na entrevista coletiva do título baiano com o Vitória, Paulo César Carpegiani fez questão de ter Ricardo Silva a seu lado. Treinador da equipe em sete jogos do Estadual, Ricardo seguiu como auxiliar a partir da chegada de Carpegiani e, segundo o próprio técnico, foi fundamental para a conquista.

"O presidente disse para eu fazer o trabalho com a minha cabeça, com o que eu achasse melhor, mas que procurariam outro nome. E eu fazia do meu jeito, treinava sempre como se fosse o último dia. Não pensava em ser treinador e apenas vivia o momento com os outros profissionais da comissão", explica Ricardo em contato com o Terra.

Em oito jogos à frente da equipe, Ricardo Silva teve sete vitórias e só uma derrota. Dirigiu o Vitória depois da saída de Vágner Mancini para o Santos e, também, entre a demissão de Mauro Fernandes e a chegada de Carpegiani. "Cada um faz da sua maneira, mas procurei implantar minha metodologia e fazer o melhor para o Vitória", diz Ricardo, que já trabalhou com treinadores como Abel Braga, Toninho Cerezo e Joel Santana.

Ricardo Silva, que foi atacante de Botafogo, Atlético-MG e Bahia, entre outros, nas décadas de 70 e 80, diz ter começado como treinador de goleiros e então depois auxiliar técnico. Convidado por Vágner Mancini, está no Vitória desde o último ano, mas faz poucos planos. "Não vivo o futuro e meu presente é aqui", assegura, sem esperar por um convite para ser treinador efetivo.

Sérgio China: pior só que o Sport

Vencer o Sport em Pernambuco não tem sido fácil. Tanto é verdade que o clube da Ilha do Retiro venceu os últimos sete turnos do Estadual. Sérgio China, treinador do Náutico em oito partidas, provou desse domínio, mas entregou grandes resultados para seu sucessor, Waldemar Lemos.

Em oito jogos à frente do Náutico, China conquistou sete vitórias e só uma derrota, obrigando o Sport a realizar um returno praticamente perfeito em Pernambuco. Curiosamente, Sérgio China entregou o cargo para Waldemar Lemos, irmão de Osvaldo de Oliveira, que iniciou a carreira, no Fluminense, em condições similares.

Ao contrário de Rospide e Ricardo Silva, porém, China não permaneceu no Náutico. Valorizado em Pernambuco, virou treinador do Santa Cruz e ganhou o desafio de disputar a primeira edição da Série D do Campeonato Brasileiro.

Interinos como Rospide, do Grêmio, mostraram serviço e valorizaram seus nomes no futebol
Interinos como Rospide, do Grêmio, mostraram serviço e valorizaram seus nomes no futebol
Foto: Wesley Santos/Foto Arena / Gazeta Press
Fonte: Terra
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