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Teixeira admite "canetada", mas quer calma para mudar calendário

17 ago 2009 - 11h57
(atualizado às 13h43)
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A adaptação do calendário do futebol brasileiro ao europeu é um desejo recorrente em Ricardo Teixeira, presidente da CBF. Nesta segunda-feira, durante o anúncio da parceria com o Grupo Pão de Açúcar, ele enfatizou a necessidade da mudança, mas logo depois adotou a cautela devido ao grande número de interesses envolvidos.

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O presidente da CBF afirmou que, se dependesse apenas dele, a decisão já teria sido tomada. "Por mim, já teria dado a 'canetada' faz tempo. Há dois anos dei entrevista falando sobre isso. Mas não é assim que funciona. Tem uma série de outros fatores que fazem com que o calendário não mude de um dia para o outro", atestou Teixeira, listando os principais empecilhos.

"Tem toda uma rede ligada ao futebol. É preciso sentar com os clubes, imprensa, televisão. Tem também a questão da cultura. Com o calendário mudado teríamos jogos próximos do Natal, Ano Novo, domingo de Carnaval. Essa cultura precisaria ser mudada. Aí sim analisaremos os prós e contras dessa mudança. Acredito que tenha muito mais pontos a favor, mas vamos estudar", completou.

O presidente da CBF, sempre com suas respostas completadas pelo empresário Abílio Diniz, dono do Grupo Pão de Açúcar, destacou também a necessidade de modernização dos clubes. Ricardo Teixeira, porém, não falou em uma possível ajuda da entidade máxima do futebol brasileiro para reerguer os principais times, cheios de dívidas e perdendo jogadores na janela de transferências para a Europa.

"Os clubes precisam mudar o modo de administrar. Os clubes ganham com o futebol, mas gastam com todos os esportes. As modalidades amadoras estão bem vivas nesses clubes. Além disso, falta planejamento. Há times que trocam de técnico toda hora e no final do ano estão pagando quatro, cinco treinadores, por força de contrato. Enquanto não houver essa modernização, fica difícil", criticou Teixeira, usando a administração da CBF como exemplo.

"Não temos nenhuma dívida, ganhamos títulos e fizemos melhorias no futebol brasileiro. Isso é uma boa administração", finalizou o presidente da entidade.

Fonte: Terra
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