Com Robinho no álbum da Copa, Panini minimiza "erros"
Quando as primeiras imagens do álbum oficial da Copa do Mundo de 2014 começaram a vazar na internet, o torcedor brasileiro conheceu os jogadores escolhidos pela Panini para formar a Seleção. Entre eles está Robinho, atacante que atuou poucas vezes com Luiz Felipe Scolari e luta para estar presente na convocação para o Mundial. Além dele, há atletas como o holandês Kevin Strootman e o colombiano Falcao García, que sofreram lesões e contam com poucas chances de atuar na competição.
A possibilidade de cometer erros nas figurinhas não preocupa a fabricante. Historicamente, o álbum da Copa conta com jogadores que não apareceram na lista final. Em 2010, o principal caso foi de Ronaldinho, que acabou preterido por Dunga na convocação. "Talvez se o Dunga tivesse levado nós teríamos ido mais longe na Copa do que fomos", brincou José Eduardo Severo Martins, diretor presidente da Panini, em evento no Estádio do Pacaembu. Os 17 jogadores escolhidos ainda passam por aprovação da Fifa e de cada federação. Para os diretores da Panini, a presença de um jogador que não jogar a Copa não preocupa.
"Eu posso dizer que a Panini tem uma empresa em que fazemos o scouting de jogadores de futebol e oferecemos a clubes e federações. Temos um grupo muito grande de jornalistas com contatos com todo mundo. A escalação é feita com bases técnicas que envolvem atletas que jogaram eliminatórias e foram convocados pelos treinadores. No Brasil, como não jogou, olhamos os atletas que tiveram performance boa, e é difícil acertar tudo. É um desafio grande, mas o índice de não acertos é baixo, se comparado com a convocação. Acertar 100% é muito difícil", minimizou Martins.
Além de acertar os jogadores, o fabricante do álbum da Copa tem que negociar previamente para poder usar a imagem dos atletas. A conversa tem que ser feita com a federação de cada país, com a associação de jogadores ou diretamente com os craques, dependendo de cada nação - no caso do Brasil, é individual. Isto causa alguns problemas, como a Inglaterra, que historicamente não conta com escudo e uniforme em suas figurinhas.
"Os direitos da liga inglesa e da seleção da Inglaterra pertencem a uma outra empresa, então temos contrato com cada jogador. Não temos os direitos da federação para usar a camisa e o logo. É a única seleção que não temos os direitos, infelizmente", explicou Martins, que contou um caso curioso da Copa do Mundo de 2006.
"Ninguém conseguia contato com Angola. Mandávamos e-mail, carta e não recebíamos resposta. Aí a CBF nos ajudou, me deu o telefone direto do presidente da federação. Liguei e ele falou: 'é, eu estou preocupado, mas eu não tenho esse dinheiro para pagar e participar do álbum'. 'Não, presidente, a Panini que vai pagar.' 'Pode pagar hoje? Nos não temos dinheiro para pagar as passagens'", contou o diretor presidente da fabricante do álbum da Copa.
