PUBLICIDADE
Logo do Internacional

Internacional

Favoritar Time

Relembre centenários fracassados de grandes do Brasil

25 abr 2009 - 13h05
(atualizado às 13h19)
Compartilhar

Ainda é cedo para apontar fracasso no Centenário do Coritiba ou sucesso no do Internacional, mas há vários exemplos entre os clubes brasileiros, sobretudo de aniversários que não deixaram boas lembranças a seus torcedores.

» Centenário do Coritiba começa por vias tortas

» René já comanda primeiro treino do Coritiba

» Comente sobre os centenários dos clubes brasileiros

O ano de Centenário mais marcante do ponto de vista positivo certamente é o do Vasco, em 1998. Além de terem vencido os dois turnos do Campeonato Carioca - e evidentemente levantado o título -, os vascaínos ainda conquistaram a Copa Libertadores no mesmo ano - a taça mais importante em cem anos de vida, a despeito de ter perdido a final do Mundial Interclubes para o Real Madrid.

Nas linhas abaixo, o Terra relembra cinco Centenários inesquecíveis, mas sob outro ponto de vista: o do fracasso. Veja:

Flamengo - 1995

O auge da gastança promovida por Kléber Leite se deu em 1995, com as contratações de Vanderlei Luxemburgo, técnico mais badalado da época, e do trio de ataque formado por Sávio, Edmundo e Romário - os últimos dois exigiram um investimento enorme.

Uma briga entre Luxemburgo e Romário simbolizou a falta de união em torno do elenco. "Éramos um grupo, não uma equipe", diz Sávio. Depois da saída do treinador, o imponderável chegou à Gávea: o radialista Washington Rodrigues, o Apolinho, assumiu o comando do Flamengo, mas também não conquistou títulos.

A temporada que tinha tudo para ser um sucesso só ficou no quase: o título carioca se foi com o gol de barriga de Renato Gaúcho. Na Copa do Brasil, Luxemburgo comandou a equipe até a semifinal, mas foi mais uma vez batido - e inclusive agredido - por Felipão, seu grande rival na época. Já na Supercopa dos Campeões da Libertadores, deu Independiente na final.

Fluminense - 2002

Não foi exatamente um ano ruim para os tricolores, que se contentavam com pouco após chegarem até a Série C nas temporadas anteriores. O único título, de fato, foi o Campeonato Carioca de 2002, esvaziado pela criação da Liga Rio São Paulo. Ganho pelos reservas, o torneio foi batizado de Caixão, em alusão à Eduardo Viana, o Caixa D'Água, presidente da Federação de Futebol do Rio de Janeiro.

Assim como no Flamengo, Romário esteve em campo nos cem anos do Fluminense. Contratação mais cara do clube para a temporada, proporcionou uma inesquecível festa no Maracanã em seu jogo de estréia, contra o Cruzeiro. Com Renato Gaúcho no comando, o Flu terminou o ano de forma razoável, com a quarta colocação do Campeonato Brasileiro.

Grêmio - 2003

O pouco dinheiro em caixa e o desgaste no trabalho de Tite foram as principais razões para que o torcedor gremista guarde poucas lembranças boas do aniversário de cem anos. O título gaúcho ficou com o Internacional, o que não acontecia desde 97, e a queda do treinador em sua terceira temporada no cargo se deu após a eliminação nas quartas-de-final da Copa Libertadores.

Uma conversa de diretores vazou na imprensa e Tite era acusado de ter "suas ovelhinhas" dentro do elenco, em referência a jogadores como Anderson Lima, Luís Mário e Rodrigo Fabri. O tumulto no ambiente gremista cresceu para outras proporções e coube a Adílson Batista, em início de carreira, salvar o Grêmio do rebaixamento no Brasileiro. O ano de 2004 ainda foi marcado pelo péssimo trabalho de marketing e pelo fim da trajetória de Danrlei no Estádio Olímpico.

Botafogo - 2004

O Botafogo começou o ano do Centenário com muitas esperanças, por ter conseguido o retorno para a primeira divisão em 2003. O que poderia inspirar uma evolução, porém, foi uma temporada esquecível. O clube sequer chegou às semifinais da Taça Guanabara e Taça Rio, além de ter sido eliminado na segunda fase da Copa do Brasil.

Sem possibilidade de investimentos e com um time extremamente limitado, também sofreu um bocado no Campeonato Brasileiro. Depois de Levir Culpi, os botafoguenses foram dirigidos por Luiz Matter, Mauro Galvão e Paulo Bonamigo, mas nenhum deles conseguiu bons resultados. A equipe só conseguiu sua primeira vitória na Série A após doze rodadas e se salvou do rebaixamento na última, com três pontos conquistados sobre o vice-campeão Atlético-PR, dentro da Arena da Baixada.

Atlético-MG - 2008

Ricardinho, Gallardo e D'Alessandro foram nomes cogitados pelo Atlético-MG no início de sua temporada de aniversário, mas o clube virou motivo de chacota ao reunir Souza, Petkovic e Marques, cujas idades ultrapassavam os cem anos de vida.

Depois de levar de cinco do Cruzeiro nas finais do Mineiro, a equipe atleticana ainda foi eliminada pelo Botafogo de duas competições: Copa do Brasil e Sul-Americana, frustrando as expectativas por revanche de uma outra eliminação imposta pelos botafoguenses em 2007.

No Campeonato Brasileiro, a história também não foi boa e o Atlético-MG produziu poucos feitos positivos dignos de nota. Ziza Valadares, já no fim do ano, não resistiu à pressão de torcedores e do Conselho, e entregou a presidência. O ato simbolizou outra temporada de terror em ano de Centenário.

Edmundo foi uma das contratações milionárias do Flamengo em 95
Edmundo foi uma das contratações milionárias do Flamengo em 95
Foto: Gazeta Press
Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade