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Sou a pessoa mais feliz do mundo no Corinthians, diz Ronaldo

27 abr 2009 - 19h00
(atualizado às 21h55)
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Depois de marcar dois gols na vitória por 3 a 1 sobre o Santos, que colocou o Corinthians com uma mão na taça do Campeonato Paulista, Ronaldo falou. Em entrevista, no Parque São Jorge, o atacante respondeu aos seus críticos de maneira sutil, manteve o prognóstico de fazer trinta gols nesta temporada e se disse a pessoa mais feliz do mundo jogando pelo time alvinegro.

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Para Ronaldo, o retorno ao futebol, após sofrer outra grave contusão, tem sido tão satisfatório quanto nas outras vezes em que o atacante mostrou seu poder de superação. O camisa 9 também falou de economia, da situação dos brasileiros que atuam fora e comparou seu belo gol na final contra o Santos, quando encobriu Fábio Costa, aos marcados na final da Copa do Mundo 2002, no Japão.

Confira a entrevista de Ronaldo:

Resposta aos críticos

"Tudo que faço em campo é por mim, pelo meu time, não é para calar crítico algum. Trabalho e tento fazer meu melhor para realizar meu objetivo. E o do meu clube. Não tenho o que dizer aos críticos, eles fazem críticas, obviamente, então minha preocupação é sempre fazer meu melhor, mas às vezes não é possível".

Jogo contra o Atlético-PR

"Eu me coloco sempre à disposição de jogar, mas quem decide é o Mano (Menezes, técnico do Corinthians). Até porque, na outra semana, quando o time viajou ao Mato Grosso, e eu não fui, foi mais sofrido ficar porque eu treinei e fiz treino integral quatro dias seguidos. Quando fico fora eu trabalho o dobro do que se tivesse ido ao jogo. Eu prefiro sempre ir. Descansa mais e jogar futebol é sempre melhor".

Filme sobre trajetória no Corinthians

"Não sei ainda, não falei com o Rosenberg (Luis, diretor de marketing do clube) sobre a possibilidade de se fazer um filme. Mas é lógico que o departamento de marketing do Corinthians tem feito muita coisa para que o nosso setor de futebol melhore. Vamos esperar para ver algo concreto".

Campeonato Brasileiro

"Sobre o Campeonato Brasileiro, será um torneio sensacional. Grandes times candidatos ao titulo e a volta do Corinthians, que será uma grande atração".

Volta de craques para o Brasil

"Eu acho que, para os jogadores que estão lá fora voltarem ao Brasil, é preciso de uma força-tarefa muito grande. Os clubes por si só não conseguem trazer o jogador. Precisa de um patrocínio, precisa de grandes empresas apoiando o futebol. No meu caso do Corinthians a gente tem conseguido fechar grandes parcerias. Conseguimos fechar o patrocínio com as mangas da camisa e do calção que vão ajudar a pagar meu salário. É assim que dá para trazer. O futebol gera muito dinheiro. Seja com patrocínio, com rendas dos jogos. E a volta de jogadores assim só ajuda. Leva mais gente ao estádio. E a gente precisa sempre do patrocínio para, pelo menos, evitar que grandes talentos saiam precocemente para a Europa".

Comparação com outros atacantes

"Eu não me acho mais ou menos que ninguém. Eu nunca gostei de comparações. É muito difícil você comparar uma pessoa com a outra. Eu sou eu, sou único, como cada um é único e nem pretendo ser mais do que ninguém".

Melhor jogador do Paulista

"Diria que é o Elias. Eu continuo assumindo a minha responsabilidade. Sempre que eu a tiver. É uma grande injustiça falar de um só".

Investimentos no futebol

"Eu acho que, nesse momento de crise financeira no mundo, o futebol consegue se sustentar porque ele movimenta muita mídia, torcedores em geral. Mas é lógico que as empresas, para entrar no futebol, querem ter o retorno. Ninguém entra sem ter o retorno de mídia. Qualquer investimento em grandes jogadores dá um retorno muito grande. Eu diria para eles (jogadores que estão no exterior) que aqui está ótimo. É diferente ganhar em real e em euro, mas eu sou a pessoa mais feliz do mundo jogando no Corinthians, fazendo o que eu gosto, independente de quanto eu estou ganhando".

Gol mais difícil dos feitos contra o Santos

"Não tem gol fácil. Todo gol é difícil e maravilhoso, emocionante. No primeiro, o controle de bola foi fantástico. A bola veio muito alta. Tive até a visão prejudicada pela luz do sol, o que dificultou ainda mais. Então, o controle saiu perfeito, na direção certa, para proteger do Fabão, que estava se aproximando e a finalização foi perfeita também. O segundo gol foi um contra-ataque muito rápido. O campo estava bem molhado. E o Fábio Costa ficava como um líbero da zaga. Até num lance que eu lancei o Douglas. E aí no primeiro tempo eu estava observando isso e eu sabia que eu tinha que aproveitar isso de alguma maneira. E naquela jogada saiu meio que um instinto, uma cavadinha".

Idade avançada no futebol

"Para mim é a realidade que o tempo está passando. Estou ficando velho. Os meninos todos que estão jogando comigo eram todos meninos de colo quando eu já estava jogando Copa do Mundo. Mas, para mim, é tudo natural porque eu também sou como eles. Eu também tenho ídolos, também sou fanático por futebol. Toda vez que eu vejo o Zico minha perna treme até hoje. É lógico que quando tem essa admiração muito grande é porque meu trabalho está sendo feito direitinho".

Motivação dos companheiros

"Acho que todo mundo que está dentro de campo, todo mundo quer dá seu melhor, o seu máximo, tanto para o seu lado pessoal, como para o coletivo. Para fazer o melhor pelo Corinthians. Eu não ponho responsabilidade em ninguém. No dia-a-dia eu sou o mais normal possível. E eu tento passar essa normalidade para eles, para que dentro de campo todo mundo faça o seu melhor e renda para o time. Sozinho ninguém joga futebol, não dá. E se os companheiros não tivessem feito a parte deles, não daria. Eu não teria sido protagonista, não teria feito os gols se não fossem eles. O coletivo é um caso importante. Lógico que ontem eu fui decisivo para muitos. Mas outro dia vai ser outro, para a mídia, para o torcedor. Mas no nosso ambiente todos somos importantes".

Admiração de outros torcedores

"É muito simples: porque eu faço gols. Acho que a adoração vem disso. Porque se eu não fizesse gols não teria isso. Não é porque eu sou carismático e sei lá o que. É porque o povo quer ver gol e se eu dou ao povo o que eles gostam acho que é por isso".

Volta de Zidane ao futebol

"Não, eu não liguei para o Zidane jogar no Corinthians, não. Liguei para realizarmos nosso próximo jogo dos Amigos do Ronaldo versus Amigos do Zidane. Tomara que minha volta influencie na de outros jogadores. Porque as pessoas precisam de alegria, relaxar e ter um momento de felicidade. Acho que no mundo de hoje isso é um alívio".

Placa pelo gol de cobertura

"Eu não posso reivindicar isso. Se vier, ficarei grato, porque é legal receber, mas não sou eu que decido".

Dia seguinte ao clássico

"Meu dia de hoje para vocês começou quando eu cheguei ao Corinthians e para vocês vai acabar quando eu sair daqui. Eu não gosto de falar da minha vida pessoal. Mas o meu dia de hoje foi muito bom. Dia de recuperação, a gente faz muito pouco ou quase nada. Entrei em uma piscina bem quentinha, relaxando e isso é muito bom. A entrevista está durando mais do que a minha piscina (risos). E Sobre a projeção, eu estou muito feliz com o meu momento. Não poderia estar melhor. Tudo está sendo muito maravilhoso, desde a escolha que eu fiz, desde ao clube que eu escolhi, desde a torcida que me recebeu. Hoje eu sou um cara muito feliz, muito realizado".

Críticas durante sua carreira

"Eu acho que meu trabalho quando as críticas acontecem é especialmente quando eu jogo mal. Se for ver por esse lado eu acho que muito mais vezes eu joguei bem do que joguei mal. É sempre muito bom ser elogiado. Isso quer dizer que você está fazendo bem o seu trabalho e as pessoas estão reconhecendo isso. Eu preferia fazer essas perguntas para as pessoas que falavam que eu seria um jogador de exibição, um jogador para o marketing. Esse tipo de comentário que não tem fundamento, não tem critério para ser feito. Conquistas, superação e mesmo assim eu tive que ouvir tudo isso. E essas pessoas continuam aí, falando essas besteiras. Mas tem muita gente falando coisa boa também. A grande maioria tem comentários técnicos que eu admiro, que analisa futebol como ele é. Lógico que tem os 'cornetas' que analisam sem fundamento".

Futuro no futebol

"Depende de como vai ser o calendário. As datas já estão fixas. E se jogar entre os domingos, dá tranquilamente para jogar todos os jogos. Mas eu acho que isso vai ser difícil de acontecer. Todo dia não dá, não é? (risos). Ah, acho que dá para jogar todo dia. A gente treina todo dia. (risos)".

Metas com a camisa do Corinthians

"Eu vou manter o que eu disse anteriormente de que vou fazer 30 gols na temporada. Mesmo chegando tarde nas competições, já fiz oito. E com toda Copa do Brasil e Brasileiro, acho que vai ser uma boa média".

Recuperação da lesão no joelho

"Está sendo tão bom quanto a última vez que eu me machuquei sério. Da outra vez foi uma Copa do Mundo. Mas a satisfação pessoal é a mesma. Foi muito difícil de chegar a jogar novamente. Eu estou realmente muito feliz, tanto quanto da ultima vez".

Gol mais incrível na carreira

"Mais incrível foi aquele do Barcelona, contra o Compostela (quando Ronaldo driblou vários adversários, desde o meio-de-campo, até balançar a rede), e os dois na final do Japão, da Copa do Mundo (de 2002). O de ontem (contra o Santos) foi um grande gol e a importância dele é tão grande quanto o da Copa do Mundo".

Fonte: Lancepress!
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