/images.terra.com/2015/05/21/santos.png "Logo do Santos")
Corintianos "acampam" em frente à bilheteria do Pacaembu
"Pelo Corinthians vale tudo. Qualquer coisa mesmo". Quem ouve esta frase da boca de Bruno, 19 anos, pode achar que é só mais um exagero de torcedor. Mas quando ele conta que está em frente à bilheteria do Estádio do Pacaembu desde domingo para garantir seu ingresso para o segundo jogo da final do Campeonato Paulista, essa primeira impressão logo desaparece.
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Cerca de 80 torcedores já se encontram a postos para comprar os bilhetes, que começam a ser vendidos somente a partir das 10h (de Brasília) desta quarta. Enquanto as bilheterias não abrem, os fãs permanecem cantando, comemorando e fazendo festa. Ainda não há policiamento no local e apenas os orientadores do estádio fornecem informações e organizam a fila.
Barracas, colchões no chão, garrafas de café, isopor com comida e refrigerante - os torcedores transformaram a praça Charles Miller em um acampamento improvisado. As redondezas do estádio servem de banheiro na hora do aperto. "Dá para usar os banheiros dos bares aqui perto", explica Bruno.
Para passar o tempo, o pessoal da fila joga baralho, futebol, conversa no celular ou tira um cochilo. Além disso, uma estratégia muito usada pelos corintianos na fila é o revezamento.
"Eu estou revezando com meu amigo. Vou ficar aqui hoje o dia todo. Aí ele vem e fica durante a madrugada. A gente traz comida um pro outro também", diz Rafael, 22 anos, que guarda lugar na fila desde às 4h desta terça.
Muitas mulheres também estão de prontidão na fila. Tatiane, 24 anos, chegou hoje cedo ao Pacaembu e só pretende ir embora quando estiver com o ingresso na mão.
"Vou dormir aqui. Dei o cano no trabalho", brinca. Sempre ao celular para alertar os amigos sobre as condições na fila, ela não parece preocupada com a longa jornada que terá de enfrentar madrugada adentro. "Eu não ligo, o único problema é que não vai dar para tomar banho", lamenta.
