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Pai da Democracia Corintiana exalta importância política de Sócrates

4 dez 2011 - 13h06
(atualizado às 16h38)
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O sociólogo Adilson Monteiro Alves, pai do atual diretor cultural do Corinthians, Duilio Monteiro Alves, foi diretor de futebol do clube durante o período que ficou conhecido como a "Democracia Corintiana", liderada entre os atletas por Sócrates. Amigo do "Doutor", que morreu na madrugada deste domingo, em São Paulo, Adilson relembrou algumas histórias do craque que revolucionou o comportamento dos jogadores de futebol da época.

Um dos maiores ídolos da história do Corinthians, Sócrates morreu neste domingo
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Foto: AFP

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"Sócrates sempre teve a consciência de que ele não era um atleta, de que era um grande jogador de futebol. Aquele grupo era muito consciente, começamos a participar e o Sócrates era um dos líderes. Muito corajoso, sempre dizendo o que pensava", declarou o sociólogo em entrevista à Rádio Bandeirantes.

O maior "movimento ideológico" do futebol brasileiro contava com outros ídolos como Casagrande, Wladimir e Zenon. No período, as decisões importantes no time, como as regras de concentração, eram decididas por votação.

Sobre a relação de Sócrates com a bebida alcoólica - nunca negada pelo ex-jogador e principal causa dos seus problemas no sistema digestivo - Adilson contou que era um comportamento natural do ex-craque, que começou a beber ainda quando morava em Ribeirão Preto. Comportamento que o Doutor não escondia nem na época de jogador, inclusive tomando cerveja nos bares do clube.

"O que nós fizemos de diferente na 'Democracia Corintiana' foi não esconder que a gente gostava de cerveja. Mas tinha uma curiosidade: antes do jogo, na véspera e no dia, ele não tomava. Mas depois do jogo ele tomava sempre, mas depois de tomar uma garrafa de refrigerante", contou.

O corpo de Sócrates deve ser enterrado às 17h (de Brasília) deste domingo, no Cemitério Bom Pastor, em Ribeirão Preto, cidade onde o ex-jogador começou a carreira como atleta, no Botafogo-SP.

Fonte: Gazeta Esportiva
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