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Jornal: Teixeira recebeu relógio de ouro do Catar em 2010

Segundo a Folha de S.Paulo, ex-presidente da CBF, Julio Grondona e Nicolás Leoz receberam presente ao fecharem apoio à candidatura do país

16 jun 2015 - 10h32
(atualizado às 10h34)
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Alvo de investigações e suspeitas, a candidatura do Catar para a Copa de 2022 é alvo de mais uma polêmica. Segundo reportagem publicada nesta terça-feira pelo jornal Folha de S.Paulo, o então emir do país, Hamad bin Khalifa Al Thani, presenteou os três dirigentes sul-americanos com poder de voto na eleição, entre eles Ricardo Teixeira, com um relógio de ouro em almoço realizado na sede do Itanhangá Golf Club, no dia 19 de janeiro de 2010, no Rio de Janeiro.

Além do ex-presidente da CBF, teriam sido agraciados pelo apoio à campanha o ex-presidente da Conmebol Nicolás Leoz e o ex-presidente da Associação de Futebol da Argentina, Julio Grondona. Uma foto do encontro publicada pelo jornal ainda mostra que participaram da reunião o ex-presidente da Fifa João Havelange e o presidente do comitê Catar 2022, Mohammed Bin Hamad Al Thani.

Nicolás Leoz e Julio Grondona (morto em 2014) são os outros dois dirigentes que teriam recebido relógio
Nicolás Leoz e Julio Grondona (morto em 2014) são os outros dois dirigentes que teriam recebido relógio
Foto: Grupo 44/LatinContent / Getty Images

Ainda segundo o jornal, o artigo 20 do Código de Ética diz que um “membro da entidade só pode receber presentes que tenham valor simbólico ou trivial”. Onze meses mais tarde, o Catar ganhou o processo eleitoral contra Estados Unidos, Austrália, Coreia do Sul e Japão com o apoio declarado dos três membros da Fifa presentes no encontro no Rio.

O processo de escolha do Catar para 2022 e da Rússia para 2018, ocorrida também em dezembro de 2010, é alvo de suspeitas e ganhou ainda mais evidência depois de que o FBI prendeu dirigentes sul-americanos em Zurique sob acusação de recebimento de propina. A princípio não há ligação entre os fatos, mas o caso abriu uma série de investigações e denúncias sobre as eleições. A Fifa já disse que, se surgirem evidências de irregularidades, pode rever as escolhas.

Foto: AFP
Fonte: Terra
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