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MMA

Concorrentes do UFC crescem no MMA; conheça organizações

Atualmente nenhuma empresa consegue concorrer com o UFC, mas várias delas estão em crescimento - como Bellator e WSOF - ou têm outros objetivos no MMA. Conheça os lutadores e ring girls das organizações

28 fev 2014 - 07h15
(atualizado às 07h23)
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Grande parte do público brasileiro pensa que só existe Ultimate Fighting Championship (UFC) como organização de lutas de MMA. Existem até pessoas que confundem as siglas. Porém, há vida além da empresa presidida por Dana White, com lutadores importantes, regras atraentes e ambição de se expandir pelo mundo. 

Principal concorrente, o Bellator começará sua décima temporada nesta sexta-feira. O card contará exatamente com um ex-atleta do UFC, Quinton "Rampage" Jackson, como atração principal, contra Christian M'Pumbu. Em crescimento evidente, o Bellator aumentou seu alcance no Brasil - vai ter eventos transmitidos nos canais Esporte Interativo (ao vivo) e Fox Sports (com delay) em 2014.

Também existem eventos que jamais vão concorrer com o UFC, mas são ótimas oportunidades para revelar talentos em países de pouca tradição no esporte. As organizações estão espalhadas em diferentes continentes, com empresas de tradição e outras em crescimento contínuo.

Conheça as principais organizações de MMA:

BELLATOR

Atualmente, é a única ameaça real ao UFC. Inclusive já incomodou Dana White, que trocou farpas com o presidente da organização rival, Bjorn Rebney, em mais de uma oportunidade.

Revanche entre Straus e Curran decepcionou lutador brasileiro e fãs do Bellator
Revanche entre Straus e Curran decepcionou lutador brasileiro e fãs do Bellator
Foto: Divulgação

O Bellator foi comprado em 2011 pela Viacom, importante empresa da mídia americana, e com isso deu um grande passo para ter mais público e audiência na TV. No Brasil os combates já foram transmitidos pelo canal Esporte Interativo (UHF) e estreou recentemente na Fox Sports. Apesar da primeira transmissão no canal de TV à cabo ter sofrido uma frustração, a Fox gostou da audiência e correu atrás para transmitir mais lutas em 2014, ainda que não seja ao vivo.

A principal diferença do Bellator para o UFC é a existência de torneios (GP's) para definir quem vai lutar pelos títulos. "Onde as lutas por título são conquistadas, não dadas", é o slogan da organização. Recentemente, porém, o Bellator foi criticado por ignorar um campeão de torneio, o brasileiro Patricio Pitbull, e privilegiar o terceiro combate do campeão Daniel Strauss contra Pat Curran.

WORLD SERIES OF FIGHTING (WSOF)

É uma organização bastante nova, fundada em 2012, mas que tem crescido rapidamente. Isso aconteceu em grande parte porque já nasceu com apoio do canal NBC Sports nos EUA. O WSOF também utiliza o formato de torneios, mas teve apenas onze eventos até agora.

Com a intenção de ganhar cada vez mais popularidade, uma das estratégias usadas pelo WSOF é contratar atletas recém-saídos do UFC. Foi assim com Yushin Okami, Mike Russow e Jon Fitch, por exemplo. Demitido do UFC, o brasileiro Rousimar Toquinho foi outro grande reforço deste tipo para a empresa.

Com brasileiros de destaque, como Jorge Santiago, Marlon Moraes e Rolles Gracie, o WSOF planeja fazer um evento no País em 2014, mas ainda não há nada confirmado.

SHOOTO

É um evento fundado no Japão e existe há mais tempo que o UFC - foi fundado em 1985. Naquela época não existia o MMA, mas a organização mudou bastante e atualmente segue a maioria das regras mundiais do esporte. As diferenças são a legalização de alguns golpes e o local da luta, que é um ringue, não um octógono.

Demian Maia mostra rotina de treinos e mira cinturão do UFC:

A internacionalização do Shooto, porém, foi feita de uma maneira diferente. Em vez de contratar estrangeiros, foram criadas organizações novas em diversos países. Existe, por exemplo, o Shooto Brasil, que é organizado por Dedé Pederneiras, um dos principais treinadores do País, e tem forte participação de atletas da Academia Nova União, uma das melhores do mundo.

Por causa desse modelo de internacionalização, o Shooto não concorre diretamente com o UFC, mas atrapalha o crescimento do Ultimate no Japão. O público prefere acompanhar a organização que já tem japoneses consagrados, inclusive porque os eventos organizados por Dana White e companhia ainda não encontraram um grande ídolo asiático.

ONE FIGHTING CHAMPIONSHIP (ONE FC)

Criada em Cingapura, também é uma organização nova que tem evoluído rapidamente. Há quem acredite que já é a maior promotora de lutas na Ásia atualmente. As principais atrações do One FC são as regras semelhantes ao Pride, extinta organização venerada pelos fãs de MMA até hoje, além da realização de megaeventos, com públicos superiores aos do UFC.

<p>Ring girls também são destaques nas outras organizações. Christine Hallauer brilha no One FC</p>
Ring girls também são destaques nas outras organizações. Christine Hallauer brilha no One FC
Foto: Facebook/ Christine Hallauer / Reprodução

Cuidadoso com a transmissão das lutas, o One FC fechou um contrato histórico com a ESPN Star Sports, válido por 10 anos - nunca uma empresa asiática de MMA conseguiu algo igual. As lutas do evento também já foram transmitidas no Brasil, pelo canal de TV à cabo Bandsports.

O One FC conta com atletas de alto nível no seu rol de contratados. Um deles, o brasileiro Bibiano Fernandes, é um dos melhores pesos galo do mundo e já disse que não tem a intenção de ir para o UFC no momento. Uma contratação recente e importante foi Ben Askren, que era campeão meio-médio no Bellator.

CAGE WARRIORS

Criada em Londres em 2001, a organização é importante para revelar e testar os principais lutadores da Europa. Michael Bisping e Conor McGregor, por exemplo, passaram pelo Cage Warriors antes de chegarem ao UFC.

O Cage também já se acostumou a colocar seus "braços" para fora da Inglaterra - fez eventos ma Irlanda, Ucrânia, Rússia, Iraque, Líbano e até na Jordânia. A quantidade de lutas também tem aumentado, já que só em 2013 foram realizados 14 eventos. Só não chegou ainda aos EUA, o que atrapalha para que o Cage Warriors seja uma ameaça real ao UFC.

XTREME FIGHTING CHAMPIONSHIP (XFC)

Na prática é uma organização que ainda "engatinha" no mundo do MMA, pois foi fundada em 2006 e nunca teve atletas de grande prestígio internacional. Mas ultimamente ela tem se destacado por sua ambição: passou a realizar eventos em cidades e locais improváveis dos Estados Unidos, além de prometer a chegada em 12 países. 

<p>Organização internacional, XFC investe forte na chegada ao Brasil para se tornar relevante</p>
Organização internacional, XFC investe forte na chegada ao Brasil para se tornar relevante
Foto: Wayne Camargo/ RedeTV! / Divulgação

Aliás, o XFC tem tudo para ser mais conhecido no Brasil: no ano passado, a RedeTV! anunciou que comprou os direitos de transmissão de dez eventos. O primeiro deles já foi realizado nos estúdios da emissora, neste mês. Está previsto até realizar uma "Copa de MMA" no Brasil futuramente.

OUTROS

Seja nos EUA, na Europa ou na Ásia, ainda existem outras organizações com qualidade e em crescimento. No Velho Continente, por exemplo, o forte cenário do MMA polonês tem feito o Konfrontacja Sztuk Walki (KSW) crescer. Já na Rússia, outro país com tradição no esporte, o evento mais forte é o M-1 Global. Entre os asiáticos, grandes fãs do esporte, o Pancrase também é muito popular. 

Nos EUA a cena do MMA é ainda mais forte. O Ring of Combat, por exemplo, também pode ser apontado como um futuro concorrente do UFC. Já Titan e Affliction ainda estão em crescimento para alcançar esse status. Existe ainda a principal organização de MMA exclusivamento feminino, o Invicta FC.

Entre tantas organizações tão diferentes, existe apenas um fator realmente comum: a presença de ring girls para entreter o público nos intervalos das lutas. 

Veja 100 fotos de ring girls dos concorrentes do UFC

Fonte: Terra
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