Felipão tem 7º pior índice do Palmeiras no século; veja ranking
13 set2012 - 19h43
(atualizado às 23h28)
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Dassler Marques
Direto de São Paulo
Entre 15 treinadores que dirigiram o Palmeiras por no mínimo 10 partidas neste século, Luiz Felipe Scolari, demitido na tarde desta quinta-feira, tem a nona posição no aproveitamento de pontos disputados - no caso, o sétimo pior entre eles. Felipão, que deixa o atual campeão da Copa do Brasil na penúltima posição do Campeonato Brasileiro, comandou a equipe palmeirense em 164 jogos oficiais e seu aproveitamento foi de 52,6%. Venceu 70 jogos, empatou 49 e ainda teve 45 derrotas.
Felipão foi, de longe, o treinador com o maior tempo de trabalho e acumulou 164 partidas no comando, sem contar amistosos. Vanderlei Luxemburgo, em sua passagem no biênio 2008/09, foi quem mais se aproximou em número de jogos, com total de 113. O aproveitamento, entretanto, é bastante superior ao de Scolari, com 59,8% - o terceiro no ranking.
Acima dos dois está Jair Picerni, que disputou a Série B em 2003 e, ao todo, registrou 61,1% depois de 79 jogos no comando. Curiosamente, é justamente o principal cotado para substituir Felipão quem lidera o ranking: Emerson Leão, que levou o Palmeiras à Copa Libertadores via Brasileiro 2005, conquistou 61,4% dos pontos que disputou em sua passagem que chegou ao fim na temporada seguinte.
Felipão ainda é superado por Estevam Soares, Celso Roth, Luxemburgo (na passagem de 2002), Antonio Carlos Zago e Caio Júnior. Ele supera apenas seis treinadores entre os 15: Muricy Ramalho, Tite, Candinho, Levir Culpi, Bonamigo e Marco Aurélio.
Nas três temporadas em que ocupou o cargo, Felipão nunca superou os 57% de aproveitamento. Na análise dos três anos, individualmente, ele teve seu melhor desempenho em 2011: 56,8%, com 31 vitórias, 23 empates e 14 derrotas. O pior ano foi 2010, quando teve 48,7% de aproveitamento em 15 vitórias, 12 derrotas e 12 empates. Com o título da Copa do Brasil e 18 das 24 rodadas entre os rebaixáveis da Série A, não passou de 50,2% em 2012: 24 vitórias, 14 empates e 19 derrotas.
Veja ranking entre os treinadores do Palmeiras desde 2000*
* Não atingiram o mínimo de 10 jogos: Jair Picerni (38,8% em 2006), Marcelo Vilar (33,3% e depois 13%), Murtosa (25%), Márcio Araújo (14,2%), Jorginho (76,1%) e Jorge Parraga (33%)
A demissão do técnico Felipão do comando do Palmeiras, nesta quinta-feira, deixa a equipe alviverde à procura de um novo técnico. O clube buscará no mercado um nome capaz de salvar o clube do rebaixamento. Em situação crítica no Brasileiro (penúltimo colocado, com 20 pontos), um técnico para dar um choque no elenco, como Emerson Leão, já foi cogitado. O São Caetano, atual clube de Leão, entretanto, disse que não liberará o comandante
Foto: Fernando Dantas / Gazeta Press
Adílson Batista está disponível no mercado, mas últimos resultados do treinador pesam contra sua contratação. Desde que saiu do Cruzeiro, em 2010, não repetiu um bom trabalho em nenhum clube. Sem clube desde que foi demitido do Atlético-GO, Adilson não deixou saudades nos três rivais palmeirenses - Corinthians (demitido em 2010), Santos (demitido em 2011) e São Paulo (demitido em 2011)
Foto: Agência Lance
Ídolo da torcida palmeirense, o ex-lateral Francisco Arce virou treinador ao fim da carreira e dirigiu, inclusive, a seleção do Paraguai. Ficou quase um ano no comando do Paraguai, que faz péssima campanha nas Eliminatórias para a Copa de 2014, até ser demitido. Foi demitido em 12 de junho e, desde então, procura um novo clube
Foto: Agência Lance
Apesar de não fazer um grande trabalho no Brasil desde 2005, quando foi campeão da Libertadores e do Mundial pelo São Paulo, Paulo Autuori é um nome recorrente nas listas de treinadores dos dirigentes brasileiros. Atualmente está no comando da seleção do Catar, tendo assumido o cargo em fevereiro deste ano após a queda do também brasileiro Sebastião Lazaroni
Foto: Getty Images
Velho conhecido da torcida palmeirense, Caio Júnior está sem clube desde que se demitiu do Bahia, no fim de agosto. Na época, o comandante alegou problemas pessoais para deixar o clube tricolor - o filho do treinador foi para os Estados Unidos estudar e ele considera que não daria a atenção possível para o Bahia. Proposta do Palmeiras, clube que já dirigiu, pode fazê-lo mudar de ideia
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Demitido recentemente do Vasco, Cristóvão Borges está disponível no mercado e tem o bom trabalho à frente do clube carioca como trunfo. Treinador, que assumiu o Vasco após o AVC de Ricardo Gomes, levou o Vasco ao vice Brasileiro e às quartas da Libertadores
Foto: Ramon Bittencourt / Agência Lance
A péssima campanha de Dorival Júnior à frente do Flamengo coloca no ar a possibilidade do treinador deixar o clube carioca em caso de boa proposta palmeirense. Entretanto, o Palmeiras teria que entrar em acordo com o Flamengo, clube com o qual tem se envolvido em atritos ultimamente. Dorival deixou o Inter-RS e logo depois assumiu o time rubro-negro, mas vê a equipe não render em campo e correr o risco de rebaixamento
Foto: Guilherme Dionízio / Gazeta Press
Paulo Roberto Falcão é mais um nome quente entre os treinadores sem emprego. O ex-comentarista voltou à função de treinador em 2011, quando assumiu o Inter-RS, e ainda passou pelo Bahia nesta temporada. Falcão é respeitado no meio esportivo e pode pintar como solução para a falta de organização tática do Palmeiras.
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra
Renato Gaúcho está sem clube desde 2011, temporada na qual dirigiu Bahia, Grêmio e Atlético-PR. No último, assumiu quando a equipe paranaense estava na zona de rebaixamento, como o Palmeiras, e conseguiu uma boa recuperação até ver uma queda de rendimento do clube. Então, se demitiu alegando problemas pessoais. Tem um estilo menos sério que o de Felipão
Foto: Agência Lance
Mais um com estilo antagônico ao de Felipão é Joel Santana, sem clube desde que foi demitido do Flamengo. Treinador é conhecido pela relação mais próxima com os jogadores, como um "paizão". Figura carismática no futebol, tem no currículo bons desempenhos à frente de clubes ameaçados pelo rebaixamento, como com o Bahia, em 2011
Foto: Daniel Ramalho / Terra
A contratação de Jorginho, "revelado" como treinador no próprio Palmeiras, seria mais complicada, já que o técnico assumiu recentemente o Bahia. Boa proposta, no entanto, pode seduzir Jorginho, que tem como grande título o Campeonato Brasileiro da Série B de 2011 pela Portuguesa. Entretanto, neste ano, foi rebaixado no Campeonato Paulista com a equipe do Canindé
Foto: Agif / Gazeta Press
O treinador da Ponte Preta Gilson Kleina tem sido o grande sonho de consumo das diretorias das grandes equipes nos últimos tempos. Bom trabalho à frente da equipe campineira é o principal fator de interesse em Kleina, mas também deve pesar na recusa de uma possível proposta do time alviverde, já que a Ponte Preta briga pela Sul-Americana, enquanto os palmeirenses tentam sair da zona de rebaixamento
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Grande ídolo da história do Palmeiras, o ex-goleiro Marcos, que se aposentou no começo deste ano, pode ser lembrado por dirigentes na hora da decisão por um novo comandante. Paixão pelo clube e bom relacionamento com o atual grupo são fatores positivos para a contratação de Marcos
Foto: Léo Pinheiro / Terra
A solução para o comando do Palmeiras, entretanto, pode ser caseira: César Sampaio, atual gerente de futebol do clube. Apesar da boa relação com os atletas, a transformação de Sampaio em treinador é pouco provável, visto que o ex-jogador não tem experiência na função
Foto: Léo Pinheiro / Terra
Outro treinador que é sempre citado após demissões é Dunga, desempregado desde que deixou a Seleção Brasileira. O nome do treinador, conhecido por ser autoritário, seria uma boa para a diretoria do Palmeiras dar o sonhado "choque" nos jogadores na briga para fugir da Série B de 2013