Por divergências, Edson Neguinho é demitido do Paraná
Gerente de futebol reclamou de dirigente do clube após a demissão
A terceira passagem de Edson Neguinho pelo Paraná durou muito pouco. Contratado como gerente de futebol há três meses, o profissional foi demitido nesta terça-feira pela diretoria paranista.
Vindo do Rio Branco, do litoral paranaense, o dirigente foi escolhido pelo superintendente Durval Lara Ribeiro, que assumiu o departamento de futebol após a renúncia do presidente Rubens Bohlen, no final de março. E foi justamente Vavá que o dispensou sem motivos.
O diálogo entre os dois já não batia há, pelo menos, um mês. As divergências na montagem do elenco, além de outras questões pontuais, deixaram o relacionamento abalado. Assim, a saída do lado mais fraco não demoraria a acontecer.
“Até agora não sei o motivo da demissão. Trabalhei hoje normalmente e depois recebi essa notícia. Fico triste, magoado e chateado, porque é um clube que tenho carinho enorme, onde fui jogador e treinador. O Vavá é o dono da verdade. É ele quem contrata, quem manda embora, e sem explicações”, reclamou Neguinho à Gazeta do Povo, que queria atletas identificados com o Paraná.
O agora ex-gerente paranista ainda lamentou o acúmulo de funções dentro do clube paranaense. Morando no CT Racco, onde o futebol profissional treina no dia a dia, o dirigente contou que trabalhou além do seu cronograma. “Estava trabalhando demais. Era gerente de futebol, supervisor, fui auxiliar-técnico do Nedo Xavier em alguns jogos. Nos jogos fora de casa, além de tudo isso, era também assessor de imprensa, porque o assessor não viaja e eu tinha de fazer isso. Dormia no CT, acordava cedo, morava lá. Muitos jogadores me ligaram sem entender o que aconteceu”, completou.
O substituto para a vaga já está definido. Mathias Lamers, que trabalhava como supervisor das categorias de base, no CT Ninho da Gralha, assume o cargo a partir desta quarta-feira.