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Ganso decreta "fim de desavenças" e promete conversa com Luis Álvaro

23 set 2012 - 15h40
(atualizado às 17h14)
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DIEGO GARCIA
Direto de São Paulo

Os quase dois anos de desavenças entre Paulo Henrique Ganso e a diretoria do Santos chegaram ao fim na tarde deste domingo, quando o meio-campista, enfim, foi apresentado oficialmente no São Paulo. Na primeira entrevista como jogador tricolor, o novo camisa 8 deixou para trás os desacordos com os santistas e prometeu uma conversa com o presidente Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro em um futuro próximo.

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"Minha relação com o Luis Álvaro foi sempre de tentar ter um bom relacionamento. Ele dizia que me tratava como um filho, se vai ficar abalado com tudo espero que mais para frente possamos sentar e conversar", analisou Paulo Henrique Ganso, que trocou farpas com o mandatário do Santos em algumas ocasiões nos últimos meses.

"Foram dois anos de polêmicas e desavenças, mas ficaram para trás. A vontade do Adalberto Baptista (dirigente do São Paulo) foi grande de me querer aqui, isso foi determinante", acrescentou Ganso, que rejeitou qualquer tristeza com o time da Vila Belmiro.

"Não fico triste porque ajudei o Santos a conquistar cinco títulos em três anos e é isso que vai ficar guardado na minha memória", continuou. "Muitas pessoas conversaram comigo para me explicar o quão grande era esse clube e por isso decidi vir defender esse time", emendou, ao falar sobre o São Paulo.

Ganso e Luis Álvaro vinham com dificuldades para chegar a um entendimento. O dirigente tentou, em vão, oferecer novas condições salariais ao meio-campista, que rejeitou todas. Irritado, o presidente foi a público e desabafou contra o então camisa 10 em algumas oportunidades, fatos que magoaram Paulo Henrique e o motivaram ainda mais a deixar o Santos.

Ganso concedeu neste domingo a primeira entrevista como jogador do São Paulo e foi apresentado oficialmente aos torcedores pouco antes do duelo entre a equipe e o Cruzeiro, no Estádio do Morumbi, marcado para as 16h (de Brasília), pelo Campeonato Brasileiro.

De camisa 10 ideal a meia contestado

Ganso, revelado nas categorias de base do Santos, começou no clube em 2008, junto a Neymar, a maior estrela do time na atualidade. Desde que chegou ao time profissional, a carreira de Ganso se revezou em sobes e desces. Nos primeiros anos, o jogador conquistou críticos e torcedores não apenas por ser uma das maiores promessas do futebol do Brasil, mas por ter surgido como protótipo do camisa 10 criativo e pensador, em falta nos últimos anos.

A trajetória de Ganso - que parecia traçar uma ascensão meteórica rumo ao estrelato nos principais gramados do mundo - teve, porém, um baque grande em 2010. No meio daquela temporada, o jogador sofreu grave lesão no ligamento cruzado de seu joelho.

A lesão deixou Ganso fora dos gramados por seis meses e comprometeu a sequência da carreira no Santos do jogador, que não conseguiu manter o nível de seu futebol e perdeu prestígio com a torcida.

A volta ao clube veio durante a Copa Libertadores de 2011, mas nem a conquista do título continental fez com que o meia retornasse a seus melhores dias no Santos. À sombra de Neymar, que se consolidava como grande ídolo e craque do Brasil, Ganso perdeu espaço na mídia e também na Seleção Brasileira. De camisa 10 incontestável, o jogador passou a opção para o meio-campo.

No time olímpico de Mano Menezes, que ficou com a prata na Olimpíada de Londres, o meia Oscar, do Internacional, vestiu a camisa 10 da equipe, a qual, há poucos anos, era reservada para o jogador santista.

Logo após a Olimpíada, intensificaram-se os boatos sobre uma possível saída do Santos. E o destino para Ganso se tornou justamente o rival São Paulo, que quis buscar na Vila Belmiro um substituto à altura para Lucas, negociado com o Paris Saint-Germain. O meia, dessa forma, rompe o contrato com a equipe praiana, com final estipulado para fevereiro de 2015.

Ganso rejeitou ofertas de renovação de contrato propostas pelo Santos antes de deixar clube
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Foto: Marcelo Pereira / Terra
Fonte: Terra
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