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Copa das Confederações

Após vaias recentes e recepção morna, Seleção testa relação com mineiros

Calor da torcida tem sido marca da campanha brasileira nesta Copa das Confederações, mas jogo com Uruguai ainda não esquentou Belo Horizonte

26 jun 2013 - 09h55
(atualizado às 09h55)
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<p>Mineirão tem histórico recente de jogos com vaias para a Seleção Brasileira</p>
Mineirão tem histórico recente de jogos com vaias para a Seleção Brasileira
Foto: Bruno Santos / Terra

Repetir o clima com a torcida visto em Brasília, Salvador e Fortaleza será o primeiro desafio da Seleção na semifinal contra o Uruguai nesta quarta-feira. Se nos três primeiros jogos da Copa das Confederações a química entre torcida e time funcionou de maneira perfeita, em Belo Horizonte a expectativa é de uma relação mais complicada pelo histórico recente nas partidas disputadas na cidade e da tensão por mais violência no entorno do Mineirão.

A Seleção não escapou das vaias nas últimas duas vezes que jogou no estádio. Em 2008, Dunga ouviu vaias e gritos de burro no empate por 0 a 0 com a Argentina em que o meia Lionel Messi deixou o campo como jogador mais festejado. Já com Felipão, em abril deste ano, o Brasil fez uma partida instável com a seu time local e recebeu muitas vaias no 2 a 2 diante do Chile.

Tal histórico fez com que muitos jogadores pedissem com antecedência paciência à torcida, o que não tinha ocorrido nas prévias das partidas anteriores. “Quero pedir ao mineiro, pois sou mineiro e nosso povo é caloroso e respeitador, que incentive nossa Seleção. Que a gente sinta o que sentimos em Fortaleza e Salvador, porque realmente mexeu com a gente. Motivou muito. O torcedor fez parte dessa vitória fora de campo”, disse Fred ainda em Salvador.

A mudança na empolgação da torcida pôde ser notado nos dois primeiros dias na cidade. Se em Fortaleza Felipão mandou estourar cadeado dos portões para cerca de 5 mil pessoas acompanharem o treino e em Salvador centenas se irritaram com a impossibilidade de verem a atividade no Pituaçu, em Belo Horizonte o número de pessoas no lado externo não chegou a uma centena no Sesc Venda Nova.

Seleção decepciona "Neymarzetes" e cachorra no hotel; veja:

Mesmo no Hotel Ouro Minas, localizado em uma região de fácil acesso, a movimentação é menor, inclusive de Neymarzetes. Na chegada os fãs eram mais numerosos, mas nada comparado ao visto em Fortaleza, por exemplo. Na capital cearense o drible da delegação ao entrar no estacionamento por uma porta lateral provocou bem menos protestos do que em Minas.

Nas ruas da cidade, a expectativa de ver a Seleção concorre com a apreensão com a certeza de mais confrontos violentos na cidade entre manifestantes e Polícia. Os torcedores que vão ao jogo só vão relaxar quando sentarem em seus assentos, pois o deslocamento até o Mineirão e motivo de muita preocupação por conta dos protestos.

Nos jogos Taitii x Nigéria e Japão x México o público não lotou o Mineirão, mas quem se deslocou ao estádio enfrentou muitos problemas. Brasil x Uruguai será uma partida de casa cheia, com torcedores ainda traumatizados pelos violentos confrontos das últimas ocasiões. No meio disso, está o jogo da Seleção.

<p>Movidos pelo Hino Nacional, brasileiros aplicaram blitz contra México e Itália; bom início é fundamental para conquistar torcida mineira  </p>
Movidos pelo Hino Nacional, brasileiros aplicaram blitz contra México e Itália; bom início é fundamental para conquistar torcida mineira
Foto: Getty Images

Neste cenário, uma blitz como as ocorridas nas três primeiras partidas se fará ainda mais importante. Contra Japão e México, o Brasil abriu o placar até os 10 minutos de jogo e inflamou ainda mais a arquibancada. Diante da Itália, o Brasil teve 20 minutos alucinantes, mas não marcou. Quando o torcedor já dava seus primeiros sinais de insatisfação, Dante colocou o Brasil em vantagem no último minuto do primeiro tempo.

“O comportamento do torcedor brasileiro está deixando a gente mais relaxado, pois quando vamos a campo sabemos que vamos encontrar um torcedor apoiando do inícioa o fim e está sendo importante para jogarmos mais relaxados, sem a pressão que temos a todo momento”, avaliou o goleiro Júlio César

Atleticanos

A presença de três atleticanos no banco de reservas também pode antecipar os pedidos da torcida. Neste ponto, o atacante Fred será pressionado pelos gritos de Jô e Hulk por Bernard. O zagueiro Rever tem menos chances de ser aproveitado. O Cruzeiro não tem jogadores na Seleção, mas o centroavante Fred se destacou pelo clube há quase 10 anos.

Fonte: Terra
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