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Arena e Copa impulsionam receita histórica do Atlético-PR

Clube paranaense teve o maior faturamento da história: R$ 138,8 milhões

28 abr 2015 - 16h46
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A reformada Arena da Baixada para a Copa do Mundo fez o Atlético-PR ter a maior receita de sua história. O clube fechou as contas de 2014 com um aumento de 63% em relação ao ano anterior. O balanço patrimonial rubro-negro, divulgado pelo clube na noite de segunda-feira, evidenciou o quanto o estádio atleticano pode ser importante daqui para frente.

Por outro lado, a reforma da Arena aumentou a dívida do Atlético-PR para R$ 277,1 milhões
Por outro lado, a reforma da Arena aumentou a dívida do Atlético-PR para R$ 277,1 milhões
Foto: Divulgação/Atlético-PR

Mesmo com o aumento da dívida, provando que o local será o divisor do futuro, o investimento prova que, sem bem explorado, pode render frutos. Em relação ao exercício de 2013, o Atlético-PR arrecadou R$ 138,8 milhões no total, tendo um superávit de R$ 43,2 milhões. Aqui vale um adendo. Em 2012, o clube divulgou uma receita de R$ 187 milhões, mas que foi credita pelo potencial construtivo concedido para a obra da Arena. O novo balanço é líquido e puro.

Impulsionado pelo Mundial realizado no Brasil ano passado, os sócios ajudaram em sua categoria e o valor saltou de R$ 10,4 milhões para R$ 25 milhões. O CT do Caju, casa da então campeã Espanha, eliminada ainda na primeira fase da Copa, também gerou um bom aumento no lucro do local: o empréstimo do moderno Centro de Treinamento rendeu R$ 2,2 milhões ante aos R$ 358,2 mil do ano passado. Por outro lado, o dinheiro vindo somente do estádio, teve uma variação ainda tímida: de R$ 3 milhões para R$ 3,9 milhões.

O patrimônio do clube, com o investimento nos últimos anos, também cresceu consideravelmente. A “nova” Arena e terreno do CT do Caju são avaliados, agora, 363,6 em aproximadamente R$ 520 milhões – anteriormente era de R$ 363,6 milhões. Com o complexo pronto, junto com a sonhada “Areninha”, o Atlético-PR acredita que saltará para R$ 1 bilhão. “É um baita patrimônio, mas que precisa ser melhor explorado. As receitas provenientes da Arena estão bem abaixo do que deveriam”, explica Amir Somoggi, especialista em amrketing esportivo, ao jornal Gazeta do Povo.

Outro lado da moeda

Receita com o estádio, mesmo com recorde, ficou aquém da projeção da Pluri Consultoria
Receita com o estádio, mesmo com recorde, ficou aquém da projeção da Pluri Consultoria
Foto: Guilherme Moreira/PGTM Comunicação - Especial para o Terra

Se, por um lado, o clube teve receita recorde, a reforma do estádio também fez que a dívida aumentasse bastante devido aos empréstimos. O débito passou de R$ 210,6 milhões para R$ 277,1 milhões. Levando em conta apenas os de curto prazo, os comprimissos a vencer no ano corrente estão em R$ 130,5 milhões.

Divididos em três repasses do Fundo do Desenvolvimento do Estado (FDE), o clube recebeu R$ 240,1 milhões em nome da CAP/SA, empresa criada para gerir as obras para o Mundial no Brasil. O balanço atleticano ainda não menciona a dívida com desapropriações para a reforma da Arena. Na ação movida pela Prefeitura, em andamento na Justiça, o débito recalculado coloca o débito de R$ 14,2 milhões para R$ 17,4 milhões.

Projeção

Em parceria com a Pluri Consultoria, o clube tinha uma perspectiva bem maior de faturamento no ano passado com o estádio. A previsão de receitas era de R$ 70 milhões.No cenário pessimista, a projeção foi de R$ 46,2 milhões e, no otimista, de R$ 92,4 milhões. Tudo bem distante do que, de fato, aconteceu.

A consultoria coloca várias formas de faturamento com a Arena: sócios, bilheterias, camarote, estacionamento, visitação e tour, bares e restaurantes, naming rights, aluguel, centro comercial. Esses últimos três, entretanto, estão completamente parados. A G3 United, empresa gestora comercialmente, nada conseguiu até o momento, depois de substituir a americana AEG. 

A Pluri estima que a Arena gere receitas da ordem de R$ 3,12 bilhões entre 2014 e 2033, média de R$ 156 milhões por ano. Algo que precisa recuperar a partir deste ano, pois ficou aquém da expectativa, mesmo com o recorde de receita.

Criticado, mas rentável

Já o marketing rubro-negro, que recebe críticas frequentes da torcida, surpreendeu com o faturamento: o patrocínio e uso da logomarca passaram de R$ 6,4 milhões para R$ 10,6 milhões, enquanto promoções e publicidade subiram  de R$ 991 mil para R$ 2,9 milhões.

Vendas de atletas

Marcelo foi vendido por R$ 10 milhões para o Doyen Group
Marcelo foi vendido por R$ 10 milhões para o Doyen Group
Foto: Rudy Trindade / FramePhoto

Por fim, as negociações com atletas também renderam bem ao Atlético-PR. Com fama de bom negociador, o presidente Mario Celso Petraglia é responsável por R$ 33,9 milhões das receitas com transferência. Levando em conta que teve R$ 12,3 milhões em despesas com transferência, o saldo atleticano de 2014 fica em R$ 21,6 milhões.

Do Doyen Group, que comprou parte dos atacantes Douglas Coutinho e Marcelo, o clube paranaense recebeu R$ 11,3 milhões – ainda falta receber o restante: R$ 12,7 milhões. Os outros valores foram: R$ 1,6 milhão (Nacional-URU por Morro García); R$ 645,4 mil (Celta de Vigo-ESP por Dinei) e R$ 419,5 mil (Real Valladollid-ESP por Pedro Oldoni).

Fonte: PGTM Comunicação - Especial para o Terra PGTM Comunicação - Especial para o Terra
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