Em vez de vender, Corinthians quer emprestar destaques
Engana-se quem pensa que a diretoria do Corinthians quer vender os principais jogadores da equipe. Assim como também estão errados aqueles que sonham com a permanência deles. O objetivo de Andrés Sanchez, neste momento, é outro: emprestá-los a clubes europeus.
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Na cabeça do presidente, uma transação entre agremiações do Velho Continente renderia mais dinheiro ao Corinthians do que a melhor das negociações que o próprio clube conseguisse no exterior.
"É difícil conseguir isso, mas seria o ideal. Os clubes de lá, quase sempre, não aceitam pegar um jogador emprestado sem que o valor da multa rescisória esteja fixado. A ideia seria emprestar a custo zero, mas sem o valor da multa fixado. Aí, se o cara arrebentasse, teríamos muito mais lucro, já que a venda seria feita de europeu para europeu", explicou Sanchez.
Um dos maiores exemplos da ideia de Sanchez é o atacante Jô, revelado pelo Corinthians em 2003. Dois anos depois, ele foi negociado para o CSKA Moscou (RUS) por cerca de R$ 12 milhões. Em 2008, o ex-corintiano foi vendido pelo clube russo por cerca de R$ 60 milhões ao Manchester City (ING), ou seja, cinco vezes o preço da venda do time paulista.
"O problema é que os pequenos querem pagar pouco para ter lucro depois. Os verdadeiros compradores, como Real e Barcelona, não aceitam empréstimos, preferem gastar dinheiro porque sabem que não terão chance de obter lucro depois", completou o mandatário, que não se negaria a emprestar Dentinho e outros com base nessas condições.
A estratégia sonhada por Andrés, recentemente, foi feita pelo Santos, que tentou Marcelo Oliveira por empréstimo, com multa rescisória em valor baixo e fixado. O Corinthians, temeroso em perder dinheiro com um possível sucesso, não aceitou.