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Campeonato Paranaense

Conheça Luiz Carlos Casagrande, novo presidente do Paraná

Popular "Casinha" era funcionário do Pinheiros, um dos dois clubes que originaram o Paraná, desde os anos 80

25 mar 2015 - 21h14
(atualizado às 21h51)
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Com a renúncia de Rubens Bohlen na última terça-feira, oficializada no fim da tarde, o estatuto do Paraná Clube coloca o primeiro vice-presidente, Luiz Carlos Casagrande, no cargo de mandatário paranista. Um sonho que, mesmo negando publicamente, é realizado agora.

Luiz Carlos Casagrande, o Casinha, é o dirigente "faz tudo" no Paraná
Luiz Carlos Casagrande, o Casinha, é o dirigente "faz tudo" no Paraná
Foto: Paraná / Divulgação

Funcionário desde a época do Pinheiros, um dos clubes que originaram o Paraná, o popular "Casinha" passou por inúmeras posições dentro do social desde os anos 80. De lá para cá, foi organizador de bailes, diretor de departamento social e marketing e locutor da Vila Capanema em dias de jogos.

Já em janeiro de 2012, pela primeira vez assumiu como 2º vice-presidente da chapa do então presidente Rubens Bohlen e, no início de 2014, virou 1º vice após a reeleição do agora ex-presidente.

Forte nos bastidores, Casagrande é decisivo em qualquer eleição. Para alguma chapa vencer, a presença do dirigente é praticamente necessária. Braço direito de todas as últimas gestões. Em 2011, por exemplo, foi cortejado por José Carlos de Miranda, ex-presidente que depois desistiu de concorrer. A oposição, sem o apoio dele, não teve chance na disputa.

No dia a dia, Casinha é daqueles que sabe tudo o que acontece no Paraná. Conhece desde o porteiro e "tia" da limpeza até, obviamente, os cargos da alta cúpula. É, praticamente, um "faz tudo". Consegue patrocínios, recursos e tem a habilidade de contornar situações adversas, que nao são poucas na crise financeira que o clube vive desde 2008. Sabe cada canto de todas as sedes: Kennedy, Vila Olímpica, Vila Capanema, CT Ninho da Gralha e Boqueirão.

Por outro lado, por tudo passar pela aprovação dele, também veta muito. Mesmo com Bohlen como presidente, a última palavra é de Casagrande. O departamento de marketing, que tem alta rotatividade, é um dos que mais reclama de ver os projetos barrados. Pelo poder no clube, o receio de enfrentá-lo, em qualquer setor, é grande.

Mudanças

Casinha e Bohlen, juntos nas eleições de 2011
Casinha e Bohlen, juntos nas eleições de 2011
Foto: Paraná / Divulgação

O racha na diretoria, desde o início de março, era claro. Tanto Casagrande quanto Aldo Coser, 2º vice-presidente, mostraram que a saída de Bohlen, quando começou a ser pressionado, era o melhor. O ex-presidente, no começo, disse que só renunciaria se os dois fossem com ele. Algo rechaçado por ambos com a alegação que "o problema era ele".

Internamente, Casinha apoiava o grupo “Paranistas de Bem” desde o início da formação. Idealizado pelo antigo vice-presidente da Fúria Independente, João Quitéria, e pelo empresário Carlos Werner, que cuidava das categorias de base, o movimento tenta se unir novamente.

No dia 19, os 10 paranistas, entre ex-presidentes, conselheiros e torcedores, desistiram do projeto alegando que o tempo para concluir diminuía a cada dia e começava a não ser viável. Agora, Casinha trata a mobilização como urgente para fazer o futebol funcionar.

Enquanto Quitéria vai assumir a parte administrativa, Werner vai retornar à coordenação da base, na qual bancava desde o ano passado. Esses dois aliados estão certos e comprometidos com o novo presidente. A missão do trio é de conversas com os outros integrantes que prometeram injetar os R$ 4 milhões no futebol até o final do ano.

"Olha, desmanchou o grupo antes da renúncia do Bohlen acontecer de fato. Se ele (Casinha) me convidar, eu volto e amanhã devemos conversar sobre a questão”, afirmou Durval Lara Ribeiro, que não conseguiu ter contato com ninguém do clube durante o dia. Aliás, foi o único a atender as ligações.

Vavá é quem vai tocar o futebol do Paraná agora. Com passagens na década passada, sendo a última em 2011, durante o Campeonato Brasileiro, ele será o responsável pela montagem do elenco. E também da comissão técnica, que deve sofrer alterações.

Luciano Gusso ainda é uma incógnita no comando da equipe. Marcus Vinícius (gerente), Fernando Leite (supervisor) e Marcelo Nardi (superintendente) não ficam em seus cargos. O último, aliás, saiu na terça-feira pela manhã.

Na sexta, Casinha fará o primeiro pronunciamento como presidente do Paraná, na sede social da Kennedy. As mudanças no rumo do futebol já devem ser anunciadas. O clima no elenco é de total incerteza no momento.

Fonte: PGTM Comunicação - Especial para o Terra PGTM Comunicação - Especial para o Terra
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