Paraná volta a sofrer problemas com gols de bola parada
Oito dos 18 tentos sofridos na temporada foram oriundos deste tipo de jogada
A goleada por 4 a 1 sofrida para o Santa Cruz, no Estádio do Arruda, pela segunda rodada da Série B, expõem novamente uma falha no sistema defensivo do Paraná: a bola parada, que é responsável por oito gols sofridos nesta temporada.
Em Recife, fora o gol dessa forma, ainda foi contra. “Não fiz o gol contra porque eu quis, não deu nem tempo de reação, a bola acabou batendo em mim e entrando. Faz parte. Estamos sujeito a acontecer esses erros”, analisou o zagueiro Rodrigo, que abriu o placar para o time pernambucano.
Somente com o ex-treinador Luciano Gusso, a equipe paranista sofreu sete tentos desta forma, envolvendo o Campeonato Paranaense e a Copa do Brasil. No total, o clube paranaense sofreu 18 gols – somando os quatros na última sexta-feira. Pelo Estadual foram 13 e, na competição nacional de mata-mata, mais um.
Analisando todos os jogos no ano, quase metade deles foi dessa forma: nas derrota por 3 a 0 contra o Operário (dois deles), 1 a 0 diante do Foz do Iguaçu, 3x1 frente ao J. Malucelli (dois deles) e nas vitórias contra o Prudentópolis por 3 a 1 e Maringá por 2 a 1.
Além dos gols oriundos de escanteio e cobrança da falta, ainda teve outros dois também de outra forma: cobrança de pênalti, contra Atlético-PR e J. Malucelli. “A gente não está sabendo cortar esse tipo de jogada. Precisamos corrigir urgentemente isso”, afirmou o volante Washington, que chegou para a disputa do Campeonato Brasileiro e já sabe dessa deficiência.
O treinador Nedo Xavier, que é responsável por apenas um em duas partidas, preferiu comentar os erros de forma geral e que é “preciso ajustar muitas coisas”. Após o jogo, o técnico disse que o duelo é um exemplo de tudo que não pode ser feito na Série B.
Já o meio-campista Rafael Costa, outro que também esteve apagado na derrota, comentou a falha. “Isso é uma bola treinada durante a semana, e tomamos o gol de bobeira no começo”, lamentou.