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Rivais em campo, Atlético-PR e Flu se unem contra Federações

Insatisfeitos, dirigentes dos clubes tentaram a formação de uma Liga no lugar dos Estaduais

11 jul 2015 - 16h59
(atualizado às 20h46)
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Adversários deste domingo, às 16h (de Brasília), pela décima terceira rodada da Série A, na Arena da Baixada, Atlético-PR e Fluminense estão unidos no extracampo. As duas diretorias, contrários com suas respectivas Federações, tentam a formação de uma Liga.

O racha contra o “sistema” começou com o clube paranaense, que se aliou aos rivais Coritiba e Paraná Clube nas eleições da Federação Paranaense de Futebol (FPF), em março deste ano. O mandatário rubro-negro, Mario Celso Petraglia, até mudou sua política de usar o Sub-23 no Campeonato Paranaense pensando no pleito.

Mario Celso Petraglia, presidente do Atlético-PR, tomou a frente pela criação de Liga e aprovação da MP
Mario Celso Petraglia, presidente do Atlético-PR, tomou a frente pela criação de Liga e aprovação da MP
Foto: Atlético-PR / Divulgação

Após a pré-temporada na Espanha, algo que se repete desde 2013, o elenco principal foi escalado para entrar no lugar do Sub-23, contra o Foz do Iguaçu. A equipe do interior, que tinha parceria com o Atlético-PR, apoiou o presidente da FPF e, por isso, provocou a ira de Petraglia, decidindo mudar o planejamento – o placar foi 1 a 0 para o time do interior, na Arena.

“No meio da competição, por problemas políticos, tentamos ganhar a Federação. Coritiba, Paraná e clubes que estavam apoiando a mudança: ‘Não, você tem que jogar com o principal.’ Não estávamos preparados e perdemos”, afirmou o dirigente ao canal Fox Sports, mês passado.

O resultado disso foi a péssima campanha, que culminou no vexatório Torneio da Morte do Estadual. Fora das quatro linhas, mesmo com um suporte de R$ 800 mil da dupla Atletiba, o candidato da oposição, Ricardo Gomyde, perdeu para Hélio Cury, reeleito presidente da entidade, por 33 votos a 25.

“As federações não têm mais nenhum sentido na minha avaliação. Valiam alguma coisa quando o país continental tinha descompassos entre as distâncias norte e sul. Hoje não tem necessidade desses cartórios, de cobranças absurdas para uma carimbada no registro de um atleta”, proclamou nesta semana, em reunião do Bom Senso FC.

Já no Rio de Janeiro, Flamengo e Fluminense também se revoltaram com a Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj). Além das diretorias, o atacante Fred, depois de uma expulsão no Fla-Flu, sentenciou: “O Campeonato Carioca tem que acabar. Vamos jogar Rio-São Paulo, Rio-Sul, alguma outra coisa, porque não dá mais. Enquanto estiver assim, acaba o futebol do Rio de Janeiro”.

Jogadores de Flamengo e Fluminense protestaram contra a Ferj antes do clássico pelo Estadual
Jogadores de Flamengo e Fluminense protestaram contra a Ferj antes do clássico pelo Estadual
Foto: Dhavid Normando / Futura Press

As medidas tomadas pela Ferj sobre os ingressos foram o estopim para a “guerra declarada”. Notas oficias dos dois clubes e da federação tomaram conta dos noticiários e, em cenário parecido no Paraná, fizeram com que as semelhanças unissem os dirigentes. “Lá no Rio a situação também é irreversível. Assim como aqui. Dos quatro grandes lá, dois estão juntos. Daqui, dos três, os três estão unidos. Ou seja, temos uma bela oportunidade. A liga vai depender da CBF, ela é que tem de aprovar”, declarou Petraglia, à ESPN, na época.

A Liga, que estava bem encaminhada, foi proposta por Petraglia em reunião da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e alguns clubes que apoiavam acabaram recuando por represália da entidade máxima do futebol. O projeto, recusado primeiramente, ainda traz esperança aos dirigentes que o apoiavam e pretendem continuar com a ideia.

Enquanto isso, o dirigente rubro-negro e o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, focaram na aprovação da MP – que passou pela Câmara nesta semana e agora vai ao Senado, antes da sanção da presidente Dilma Rousseff. “A culpa é da sociedade como um todo, porque o futebol nunca foi levado a sério. Quem sabe seja a hora. Por que chegamos onde chegamos? Porque houve omissão de todos. Esperamos posições firmes, drásticas e que sejam para valer, para que todos cumpram”, finalizou Petraglia ao jornal Gazeta do Povo.

Fonte: PGTM Comunicação - Especial para o Terra PGTM Comunicação - Especial para o Terra
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