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Adeus, Alex - Parte 3: a relação com o ídolo Zico

"O mais inteligente que dirigi", garante Galinho, que o treinou no Fenerbahçe-TUR por duas temporadas

7 dez 2014 - 11h52
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Alex prestigia lançamento de livro do seu ídolo Zico, ano passado
Alex prestigia lançamento de livro do seu ídolo Zico, ano passado
Foto: Instagram / Reprodução

Há uma semana, no Instagram, Alex postou uma foto em que estava ao lado de Zidane e Ronaldo. Ambos tiveram uma palavra que os definiam. Quando chegou a vez do Zico, o jogador não conseguiu achar. “Esse não tenho adjetivos para descrevê-lo”, escreveu. Nesta semana de despedida, em que o Terra faz uma retrospectiva da carreira de 19 anos, Alex fez uma postagem específica e o chamou de "lenda viva".  Agradeceu pelo privilégio de tê-lo como referência quando pequeno. Agora é amigo da família.

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Ídolo desde criança

A idolatria pelo Galinho de Quintino vem desde a infância em Colombo, Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Foi no campinho da cidade, nas quadras da AABB e nos gramados espalhados pelo Brasil e mundo que Alex tentava fazer o mesmo que o camisa 10 do Flamengo e Seleção Brasileira conseguia. Com naturalidade.

Justamente contra o time carioca, no Campeonato Brasileiro de 2013, no empate por 2 a 2, que o jogador do Coritiba lembrou do seu ídolo ao marcar um belo gol de esquerda, chutando forte no alto, de dentro da área. A bola ainda bateu no travessão antes de entrar. “Aprendi com o Zico. Ou é no gol ou é na arquibancada”, disse na época.

Alex, em 2013, quando marcou um golaço contra o Flamengo: "aprendi com o Zico"
Alex, em 2013, quando marcou um golaço contra o Flamengo: "aprendi com o Zico"
Foto: Coritiba / Divulgação

Para quem já conversou com Alex sabe que, quando criança, o seu sonho era atuar como Zico. A própria família também comenta. Por ter 37 anos, nascido em 1997, teve a oportunidade de ver o craque brasileiro em grande fase no futebol. Maracanã com mais de 100 mil pessoas, disputas de Copa do Mundo. A passagem curta e sem sucesso no Mengão só foi possível também pelo que viu na televisão. “Fui jogar no Flamengo, porque era o time dele”, garante. E o destino fez com que eles se encontrassem em campo.

O encontro do fã com a lenda viva

Alex, esbanjando qualidade na Turquia. Zico, como seu treinador. Entre 2006 e 2008, os dois brasileiros estiveram juntos no Fernebahçe. O começo do convívio, entretanto, foi tímido. “O grande desafio no começo foi quebrar uma barreira inicial, de vencer a relação de ídolo que ele tinha comigo. Por mais que fosse bacana, lá éramos do Fenrbahçe e eu precisava o fazer entender que ele era o capitão e ídolo do time. Depois disso foi tudo bem, tivemos uma harmonia muito boa”, declarou o comandante.

O jogador do Coritiba confirma a situação embaraçosa em seu início de trabalho com o ídolo. “O Zico marcou uma época do futebol. Se não bastasse, foi meu treinador, o que não foi fácil. Naqueles dois anos, nas primeiras vezes que entrei no vestiário e o vi em minha frente, não via apenas um treinador, mas sim uma referência. Ele que me transformou em capitão. Foi o melhor gerenciador de pessoas que conheci no futebol. Deixava o ambiente sempre agradável”, completou.

Alex e Zico entre 2006 e 2008, na coletiva de imprensa
Alex e Zico entre 2006 e 2008, na coletiva de imprensa
Foto: Fernebahçe / Divulgação

Juntos, Zico e Alex conquistaram um título nacional. Ainda chegaram às quartas de final da Uefa Champions League, melhor campanha da história do clube. Algo que Galinho explica na qualidade de seu fã. “É o jogador mais inteligente que dirigi. Dentro de campo ele tinha uma capacidade incrível de ler o jogo, às vezes ele mesmo fazia leituras que nós não tínhamos feito fora dele. Ter um cara assim dentro de campo é fantástico”, elogia.

As semelhanças em campo

Qualidade no passe e no chute, visão de jogo, calma. Características que eram vistas nos dois jogadores. O próprio Zico vê semelhança. “É possível ver um pouco do Zico no Alex, sim. Acho que o mais marcante é a questão de visão de jogo. Além disto, tem jogadores que quando a bola vem, eles sabem o que fará com ela. É invejável tecnicamente, tem qualidade, visão de jogo, um poder de finalização surpreendente”, analisou.

Neste domingo, no Estádio Couto Pereira, diante do Bahia, Alex pendura as chuteiras. Algo que Zico sabe não ser fácil e deixou seu recado. “É muito difícil parar. Em primeiro lugar parabéns pela excelente carreira que você teve, por tudo que fez e representou e ainda representa para o futebol. Foi um prazer muito grande poder trabalhar contigo e só posso desejar sucesso no caminho que você escolher. Curta bastante família linda que você construiu e um grande abraço direto daqui da Índia”, finalizou Zico, que atualmente treina o FC Goa, da recém-criada Superliga Indiana de Futebol.

Fonte: PGTM Comunicação - Especial para o Terra PGTM Comunicação - Especial para o Terra
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